sábado, 13 de junho de 2009

ATALAIA: PM’s param viaturas e deixam população refém do medo

Viaturas paradas em pontos estratégicos da cidade e sem policiais por perto. Este foi o cenário visto pelos aracajuanos no dia de hoje (12). A medida para acalmar a população não funcionou, já que a sensação de insegurança persiste devido ao impasse entre os policiais e o governo na questão do reajuste salarial. Os militares se recusam a dirigir as viaturas e muitas vezes a dar assistência às vítimas de assaltos.

Viatura parada na passarela do Carangueijo na Orla, nenhum policial foi encontrado (Foto:Kátia Susanna)
Viatura parada sem policial (Foto: Kátia Susanna)

A musicista da Orquestra Sinfônica de Sergipe, Keyla Santiago, é um dos exemplos. Ela denunciou a falta de interesse dos policiais lotados na Delegacia Plantonista na noite de ontem (12). Keyla foi assaltada nas proximidades do Teatro Tobias Barreto por volta das 18horas. Os ladrões levaram o instrumento de trabalho dela minutos antes de uma apresentação. "Fui prestar queixa acreditando que os policiais fossem atrás dos bandidos, mas eles disseram que estavam em greve e que não poderiam sair sem habilitação válida. Fiquei decepcionada", disse a musicista.

Outra vítima da ‘greve branca` foi a assistente social Lúcia Carla Barbosa. Ela conta que foi assaltada próximo ao Parque dos Cajueiros. Os ladrões levaram a bolsa dela com todos os documentos, celular e R$ 200. Ela disse que foi a procura de uma viatura que estava parada próximo e os policiais disseram que não podiam sair do local. "Pra que então colocar as viaturas nas ruas se elas não vão atrás dos ladrões?", questionou a assistente.

De acordo com o sargento Vieira, um dos líderes das Associações Unidas, os policiais vão continuar cumprindo a lei e não vão ceder as pressões do Comando. "Os policiais estão unidos e vão continuar sem dirigir as viaturas, até que a situação seja regularizada. Se o Estado cobra do cidadão ele tem que ser o primeiro a cumprir as leis", disse Vieira.

Comissão - Uma comissão foi criada para estudar a proposta salarial da categoria, sob a coordenação do subcomandante Eduardo Santiago. O coronel Pedroso disse que todas as sugestões apresentadas pelas Associações Militares Unidas vão passar por análise da comissão e podem ser apresentadas na proposta final.

Ele ainda falou que a reunião que ele teve com o governador Marcelo Déda trouxe certa traquilidade à tropa. "No momento em que o governador nos recebe e deixa de enviar o projeto de lei sobre o reajuste, ele demonstra que o processo de negociação continua", disse o coronel, acrescentando que a equiparação salarial com os policiais civis é uma questão descartada. "Vou procurar uma proposta que atenda minha tropa, mas que o governo tenha condições de pagar", finalizou.

Fonte: Atalaia Agora

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