Viaturas foram guardadas dentro das companhias, sob a alegação de que as carteiras de habilitação daqueles cuja função é dirigi-las estão vencidas.
Policiais Militares permaneceram nas unidades que estão lotados.
“Eu, Soldado Decepcionado, (...), venho por meio desta dar ciência que encontro-me impossibilitado para conduzir viatura policial ou quaisquer outros veículos de emergência por não possuir o CPME - Curso Prático de Motoristas de Viaturas de Emergência, oferecido por essa instituição”. Este é o início de um modelo de ofício que circulou via internet entre os praças da Polícia Militar, que foi preenchido e entregue em massa aos comandantes de vários batalhões e companhias da corporação. A ação fez parte da operação-padrão feita pela categoria desde a sexta-feira passada, em protesto contra o governo estadual.
No início da manhã, muitos dos policiais que assumiram o turno entregaram os ofícios preenchidos aos seus superiores. Muitos carros de unidades como a Companhia de Radiopatrulha (CPRP), a Companhia de Turismo (CPTur), o Batalhão de Choque (BPChq), o Centro de Suprimento e Manutenção (CSM), e outras companhias de Polícia Comunitária da capital, ficaram retidos nos pátios dos quartéis. Em outras unidades, a exemplo do 8º BPM, responsável pelos centros comerciais da cidade, oficiais e praças mais graduados que estavam com a habilitação em dia foram convocados para dirigir as viaturas e fazer as rondas.
Uma orientação passada pelo Comando da PM ordenou que os militares participantes da operação-padrão fizessem suas rondas de rua a pé. As guarnições fardadas, em grupos de até seis policiais, foram vistas caminhando pelas ruas de determinados bairros. “A Polícia Militar não se concentra em um único padrão de policiamento e este (de rondas a pé) é um dos mais antigos e principais que desenvolvemos”, afirmou o chefe de relações-públicas da PM, coronel Carlos Magno Ornelas.
Por volta das 12h, uma manobra dos militares que despertou rumores de aquartelamento: as poucas viaturas que faziam as patrulhas de rua foram recolhidas aos quartéis para a hora do almoço. Daquele momento até por volta das 15h, nenhuma viatura da PM foi vista nas ruas da capital. O coronel Ornelas explicou que houve um erro na formatação da escala dos carros, que não reservou uma frota de retaguarda para guarnecer as ruas durante a pausa do almoço. No entanto, a situação se repetiu entre as 18h30 e as 20h30, após a troca de turno dos militares. De acordo com as Associações Militares Unidas, os que assumiram o plantão noturno, às 19h, também entregaram ofícios preenchidos aos comandantes, recusando-se a pilotar as viaturas de rua.
No final da tarde, todos os PM’s que se recusaram a sair com as viaturas foram convocados ao quartel do 5º Batalhão da PM, em Socorro, para conversar com o sub-comandante da corporação, coronel Eduardo Santiago, que tentou um acordo para que eles voltassem a exercer a função. No entanto, a tropa decidiu manter a operação-padrão.
Fonte: Jornal do Dia
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