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domingo, 11 de dezembro de 2016

Presidente da Associação de Cabos e Soldados é preso durante assembleia

Presidente da Associação de Cabos e Soldados é preso durante assembleia

O presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco, Alberisson Carlos, foi preso durante assembleia da categoria para deliberar sobre uma possível greve, na tarde desta sexta-feira. Durante a fala inicial das lideranças, uma oficial de justiça entregou a intimação ao sindicalista. Militares da Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), fardados, efetuaram a prisão administrativa em flagrante. Além de Alberisson, o vice-presidente da entidade, Nadelson Leite, também foi conduzido ao Quartel do Derby.

Policiais fazem caminhada em protesto contra prisão de líder sindical

Antes de ser preso, o presidente da Associação adiantou que não abandonará seus ideiais. "Podem prender meu corpo, mas minha mente continuará livre", desabafou. Ainda ao microfone, o sindicalista pediu calma para a categoria. "Eu estou sendo preso, mas não pode haver indisciplina. Não podemos deixar que isso transforme tudo em confusão", declarou. Como forma de protesto, os policiais militares pretendem fazer uma caminhada até a sede do Governo de Pernambuco, no Palácio Campo das Princesas, nesta tarde, e acampar até a resolução sobre a prisão. O clima entre os servidores é de greve iminente.

Alberisson Carlos e Nadelson Leite foram conduzidos ao Quartel do Derby acompanhados do advogado da Associação de Cabos e Soldados e do deputado estadual Joel da Harpa. De acordo com o deputado, apesar dos dois terem sido conduzidos, apenas o presidente foi preso. Com a ausência das lideranças, outros policiais debatem a respeito dos rumos da negociação da pauta de reivindicações e também sobre a soltura dos dirigentes sindicais na Praça do Derby.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco adiantou que nenhum mandado de prisão foi expedido contra sindicalistas. A única intimação que saiu do gabinete teria sido para informar sobre a proibição de realização de assembleias por parte das entidades que representam os policiais militares e bombeiros.

Proibição Judicial de Realização de Assembleias

O Tribunal de Justiça de Pernambuco proibiu as associações militares do estado de realizar assembleias para deliberar sobre greves na noite da última quarta. O desembargador José Fernandes Lemos determinou que as quatro entidades que representam os policiais militares "se abstenham de realizar reunião, assembleia ou qualquer evento que tenha por objetivo reunir ou patrocinar a deflagração de greve de militares estaduais ou qualquer outro movimento que comprometa a prestação do serviço de segurança pública". O não cumprimento da decisão seria punido com multa de R$ 100 mil, além de outras sanções decorrentes de desobediência a ordem judicial. O pedido de liminar foi solicitado pela Procuradoria Geral do Estado.

No documento, o desembargador justificou a decisão alegando que a Constituição Federal veda a sindicalização e a greve por parte dos militares. Devido à citação e considerando as evidências do intuito de deflagração de greve por parte da categoria, que está em operação padrão, e ia deliberar sobre os rumos da negociação nes a liminar foi expedida ainda na noite dessa quarta. O magistrado ainda salientou que a paralisação dos serviços por parte de policiais militares, a incitação a isso ou a realização de reuniões com essa finalidade configuram diversos crimes militares. 

Ainda nessa quinta, ao saber da decisão, Alberisson Carlos adiantou que ia manter a assembleia, marcada para as 14h desta sexta, na Praça do Derby. "Ninguém pode nos tirar o direito de fazer reunião. É um direito garantido pelo artigo 5° da Constituição", destacou. De acordo com Alberisson Carlos, cerca de 80% dos policiais militares estão cumprindo operação padrão desde a última quarta-feira e 95% dos efetivo não está nos plantões extras, os chamados PJES.

O documento foi expedido em atenção à Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS), à Associação de Praças dos Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco (Aspra-PE), à Associação de Bombeiros Militares de Pernambuco (ABM-PE) e à Associação dos Militares Estaduais (AME).

Pauta de Reivindicações

Os policiais militares e bombeiros do estado estão trabalhando em esquema de operação padrão desde a última terça-feira. O método lento de trabalho foi a alternativa encontrada pelos servidores para pressionar o Governo de Pernambuco nas negociações das pauta de reivindicações. Uma reunião entre as partes estava agendada para esta sexta, quando a operação especial deveria ser encerrada.

Na pauta de reivindicações da categoria, está o reajuste salarial, o Plano de Cargos e Carreiras e mudanças no pagamento e contratação de agentes. No documento, o reajuste sugerido varia de acordo com os cargos. No caso dos soldados, que hoje recebem R$ 2.319,89 a proposta é de R$ 4.497,84, valor aproximado ao piso da categoria em Sergipe. Os coronéis, que hoje recebem R$ 13.160,95, passariam a ter um salário de R$ 22. 498,82. 

Outra mudança pautada é na forma do pagamento do salário. A categoria pede que isso aconteça em forma de subsídio, e não mais de soldo, incorporando as gratificações. Eles afirmam que, desta forma, fica garantido o recebimento de tais gratificações, que hoje podem ser cortadas sem maiores justificativas pelo estado. Outro ponto que os policiais e bombeiros pedem é o requisito do nível superior para ingresso na carreira de praças.

Fonte: Diário de Pernambuco/Anaspra

sábado, 24 de maio de 2014

Suspensa a Operação Padrão na COGERP (Perícia Criminal)

Sede do IML. Arquivo Portal Infonet

Na tarde de ontem, 23/5, uma Comissão dos Servidores (desviados de função) da COGERP esteve na sede do SINPOL Sergipe para informar que foram procurados por assessores diretos do Secretário da SSP, João Elói.

Segundo os Servidores, os assessores afirmaram que o Secretário deixou marcada reunião para a tarde dessa próxima segunda-feira, 26/5. Segundo informações dos assessores do secretário, ele quer participar mais diretamente da negociação com o governo. A reunião foi confirmada ao servidor Carlos Alberto, através de ligação telefônica, pelo delegado Alessandro Vieira, representante da SSP na comissão de negociação com o governo.

Os servidores da COGERP disseram ao sindicato que esperam que o secretário consiga agendar uma reunião da sub comissão da SEPLAG para tratar da pauta “regularização da situação funcional dos servidores em desvio de função na COGERP”.

Uma semana

Os servidores informaram ainda a diretoria sindical que vão suspender a Operação Padrão por uma semana. Para Carlos Alberto, coordenador da comissão, “uma semana é tempo suficiente para termos respostas concretas do governo”. Se até a próxima sexta-feira, 30/5, não houver encaminhamentos efetivos, a Operação Padrão volta com força e adesão totais. Reuniões dos servidores da COGERP ocorrerão ao longo dessa próxima semana.

Os 45 servidores da Polícia Civil remanescentes do reenquadramento

Estes também participarão dessa reunião e dos encaminhamentos em razão de suas situações funcionais de desvio de função serem juridicamente as mesmas dos servidores da COGERP.

Ascom SINPOL Sergipe

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Policiais Civis de Sergipe deflagram greve por tempo indeterminado

Foto: Arquivo Aspra/Portal Infonet/Sinpol Sergipe

Na noite dessa terça-feira, 20/5, no auditório da Academia de Polícia Civil (Acadepol), situada na avenida Tancredo Neves, na capital sergipana, na Assembleia do SINPOL Sergipe, os policiais civis decidiram, por unanimidade, deflagrar GREVE por tempo indeterminado.

Numa assembleia que durou cerca de 3 horas, após a categoria ouvir do presidente da entidade, Antonio Moraes, que a proposta apresentada pelo governo era basicamente a mesma apresentada na última reunião a comissão de negociação, cerca de 21 dias atrás, foi decidido que a partir da 6h da manhã dessa quarta-feira, 21/5, os policiais civis sergipanos estarão em greve.

A decisão foi tomada em razão de o governo do Estado não ter oferecido uma contraproposta financeira que compensasse a perda de direitos que causará a mudança da forma de pagamento dos salários dos policiais civis que passará de vencimentos e vantagens para SUBSÍDIO. Receber o salário na forma de subsídio significa dizer que os policiais civis deixarão de receber pelas horas extras e adicional noturno, gratificações, terço e triênio, além de perderem também o direito a percepção dos valores referentes a licença-prêmio. Subsídio é parcela única cabendo apenas junto a ela serem pagos valores a título de indenização.

Para Antonio Moraes, presidente do sindicato, o fato de governo apresentar a mesma proposta da última reunião ocorrida há pouco mais de 21 dias, demonstra a total falta de compromisso com a negociação. Segundo Moraes, a categoria tentou a exaustão negociar, tendo aceitado vários adiamentos de reuniões pela ausência injustificada e algum dos membros da comissão da ala governamental.

Entrega de viaturas, quarta; concentração no COPE, quinta

Ficou definido como primeiro ato da greve a entrega das viaturas ao secretário de Estado de Segurança Publica, delegado João Elói. O evento iniciar-se-á a partir das 7h em frente a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe. Definiu-se que todo dia haverá concentração de policiais civis em uma unidade policial previamente definida. Na quinta-feira, 22/5, a concentração será em frente ao COPE (Comando de Operações Especiais da Polícia Civil), nas proximidades do Hospital de Urgência.

Ainda na manhã dessa quarta-feira, 21/5, será protocolado na SSP e na PC os comunicados de inicio da greve. Será mantido um percentual mínimo de 30% de policiais civis trabalhando. A greve é por tempo indeterminado atingirá capital e interior em todas as unidades policiais.

Paralisação Nacional

Em razão da coincidência do inicio da greve dos policiais civis sergipanos com a paralisação nacional coordenada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) e outras entidades de nível nacional, os policiais civis também paralisarão suas atividades durante da quarta-feira, voltando a greve no dia seguinte.

Delegados de Polícia Civil

A Associação dos Delegados de Polícia Civil de Sergipe (ADEPOL) fará sua assembleia na manha dessa quarta quando decidem se vão aderir a greve da base da Polícia Civil ou se vão aceitam a proposta do governo.

A COGERP (Perícia): IML e Instituto de Identificação

Os cerca de 90% dos servidores (desviados de função) dos Institutos Médico Legal e de Identificação permanecem de braços cruzados por tempo indeterminado. Eles estão em OPERAÇÃO PADRÃO a mais de uma semana. Iniciaram o movimento em 12/05, segunda-feira. Esses servidores querem ter o reconhecimento financeiro pelo serviço de auxílio a atividade pericial que fazem há décadas. O sindicato já encaminhou ao governo sua proposta e até agora não teve a devida contra proposta. O clima de descaso é geral.

Os 45 servidores remanescentes do reenquadramento da Polícia Civil

A pauta destes seguiu junto com a pauta dos servidores da COGERP em razão de suas situações serem semelhantes e, por via de consequência, virem a ter respostas semelhantes. O governo já recebeu a proposta e sequer deu a mínima atenção.

Fonte: Agência SINPOL Sergipe

sexta-feira, 21 de março de 2014

Polícia Civil: SSP planeja Plano B para amenizar efeitos da greve

Entrevista aconteceu na sede da SSP, nesta quinta-feira, 20

Superintendente Katarina Feitosa explica que a grande preocupação é com a segurança da população

A Superintendente da Polícia Civil Katarina Feitosa e o Secretário Adjunto de Segurança Pública (SSP), João Batista, afirmaram em uma coletiva de imprensa, na tarde desta quinta-feira, 20, que a SSP já está planejando um plano B caso a greve dos policiais civis venha prejudicar os atendimentos prestados à população.

Para Katarina Feitosa, a grande preocupação é com a segurança da população. “Estamos trabalhando para garantir os serviços essenciais para que a sociedade não fique mais prejudicada com esta greve”, afirma, ressaltando que a SSP e a Superintendência ainda não foram informados sobre a greve.

“Confiamos no compromisso dos policiais civis do Estado. Os casos mais graves devem ser priorizados pelos grevistas”, completa a superintendente. Já o secretário adjunto declara que um plano B visa garantir a segurança pública. “Entendemos que o direito de greve e as reivindicações são legítimas, porém, a população não pode ser penalizada por mobilizações. Vamos contar com a coerências dos policiais”, disse.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Antônio Morais, afirma que a greve ocorreu porque o governo não estabeleceu diálogo com a categoria. “Desde junho do ano passado que estamos apresentando nossas reivindicações ao governo, a exemplo da Operação Padrão, e não fomos atendidos”, revela.

Sobre a prestação de serviços durante a greve, o presidente afirma que os policias irão respeitar o que define a lei, garantindo o efetivo de 30%. “Estamos em processo de organização da greve, mas já fomos informados que em algumas delegacias os policias entregaram a viatura, como aconteceu na 2ª delegacia metropolitana”.

Seplag

Em nota, a Secretaria de Estado, do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), infomou que "atento às demandas do servidor público estadual, o Governo de Sergipe se empenha para receber a todas as categorias que solicitam reunião para apresentar pautas de reivindicações. Diante da solicitação por parte do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), a diretoria executiva deste sindicato foi recebida pelo Secretário de Estado Planejamento, Orçamento e Gestão, João Augusto Gama, e pela superintendente da Polícia Civil, Katarina Feitoza, no dia 13 de março. Na ocasião, a categoria apresentou suas pautas de reivindicações, que serão entregues à equipe econômica do Governo de Sergipe para apreciação".

Ainda segundo o órgão "devido a uma nova solicitação por parte do sindicato, foi agendada uma reunião para a próxima sexta-feira, dia 21. 

Geilson Gomes e Verlane Estácio

Fonte: Portal Infonet

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Policiais Civis cobram reajuste salarial em 2014

Categoria está reunida em assembleia e não descarta uma greve


Policiais civis do Estado estão reunidos em assembleia, nesta quarta-feira, 19, para discutir a campanha salarial de 2014 e a nova lei orgânica da categoria, que corresponde aos direitos trabalhistas dos policiais civis.

De acordo com Antonio Moraes, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol), a categoria está insatisfeita com a posição do governo em não apresentar uma resposta sobre o aumento salarial dos policiais civis. “Tem dois anos que apresentamos nossa proposta ao governo e até agora não tivemos nenhuma resposta. Nem sim, nem não”, disse.

Ele acrescenta que por conta disto, a categoria não descarta um indicativo de paralisação. “Vamos discutir na assembleia formas de mobilização para que sejamos escutados. Pode ser que aconteça greve, paralisação ou operação padrão. Depende do que a categoria encaminhar”.

Segundo ele, uma das atividades agendas pela categoria acontecerá na praça Fausto Cardoso, no dia 24. “Fomos convidados a participar desta atividade pelos policiais militares. O evento tem a proposta de reunir todos os funcionários da segurança pública para que nossa luta fique maior e com mais força”, revela.

O Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretária de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). A assessora Adrine Cabral informou que o estado já vem mantendo um diálogo aberto com várias categorias, a fim de reestruturar as carreiras.

Geilson Gomes e Verlane Estácio 

Fonte: Portal Infonet

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Ministro da Justiça autoriza e Exército deve comandar segurança em Alagoas

O governador Teotonio Vilela Filho acaba de falar com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que autorizou que as Forças Armadas assumam o comando da segurança em Alagoas.

O governador fez o pedido, como o blog antecipou em primeira mão, nesta segunda-feira, 23, a tarde diante do impasse com os militares que mantiveram a operação padrão mesmo depois de terem fechado acordo com o governo. “Os militares não cumpriram o acordo e não restou outra alternativa ao governador”, aponta uma assessor que acompanha Téo Vilela na viagem a Brasília.

Depois do encontro com o ministro, Teotonio Vilela Filho esteve com o general Enzo Martins, comandante do Exército. “O reforço das Forças Armadas já foi autorizado pelo governo federal e nesse momento o ministro Eduardo Cardozo está com a presidente Dilma Rousseff cuidando de detalhes da operação. Acredito que logo depois do Natal as tropas chegarão a Alagoas”, adianta o assessor.

O governo ainda trabalha, como plano B, com a alternativa de retorno pleno dos policiais militares a suas funções. “Enquanto durar ainda que parcialmente a operação padrão, o comando da segurança de Alagoas ficará com o Exército. A preocupação do governo é com a tranquilidade da população”, reforça o assessor.

O ministro Eduardo Cardozo também prometeu o reforço de homens da Força Nacional e do Exército. Segundo um site local, “Na reunião, Vilela afirmou que sua intenção é resolver a situação com os militares para que não seja necessária uma intervenção na segurança pública. A intenção do governo é garantir segurança à população durante as festas de final de ano”.

Em nota, os militares afirmaram o retorno gradativo às atividades, mas afirmaram que a operação iria continuar enquanto não se tivesse um acerto definitivo com o governo. Uma nova reunião está marcada para a próxima quinta-feira entre o governador e os comandantes dos batalhões da PM. 
Fonte: Blog Gazeta Web

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Agentes, Agentes Auxiliares e Escrivães iniciam a Operação Padrão

Terá início, nessa próxima segunda-feira, 07/10, a partir das 7h, a OPERAÇÃO PADRÃO na Polícia Civil de Sergipe. Os Agentes, Agentes Auxiliares e Escrivães sergipanos deixarão de desempenhar atribuições que não são próprias de seus cargos públicos.

Com o baixo efetivo da Polícia Civil, seja pelo desvio de função, com a “cessão” de servidores policiais civis para órgãos estranhos a atividade policial, seja pela evasão em razão de outros concursos públicos mais atraentes, com a aposentadoria dos servidores policiais civis, e, ainda com o aumento da demanda pelos serviços da Polícia Civil, os Agentes, Agentes Auxiliares e Escrivães, com o intuito ajudar a população, passaram a realizar atividades fora de suas atribuições legais. Ocorre que, o governo do Estado, representante dessa população, insiste em tratar Delegados com privilégio em relação aos demais servidores policiais civis.

Por que a Operação Padrão?

Em um acordo pouco republicano, o governador em exercício, Jackson Barreto, amparado em decisão duvidosa do Conselho Superior da PGE, escudada no voto do Procurador Geral do Estado, Márcio Leite Rezende, resolveu administrativamente pagar, unicamente aos Delegados, valores retroativos a revisão geral do ano de 2008. Revisão essa devida a todos os servidores policiais civis, segundo o pleno do TCE/SE (Leia decisão do Pleno do TCE/SE).

O SINPOL Sergipe então procurou o governo do Estado para ter deste uma resposta. Ou seja, se também seria firmado semelhante acordo com os demais servidores policiais civis. Mesmo sem haver uma resposta formal, o governador em exercício, Jackson Barreto, e o subsecretário, Chico Buchinho, em entrevistas a equipe de jornalismo da TV Atalaia/Record, deixaram claro que NÃO seria feito acordo com a base da Polícia Civil. (Entrevista de Jackson Barreto) (Entrevista de Chico Buchinho)

O governador em exercício, Jackson Barreto, quis privilegiar, a qualquer custo, única, apenas e exclusivamente os Delegados. Sendo assim, não houve outra opção para os Agentes, Agentes Auxiliares e Escrivães sergipanos, senão deflagrar o início da OPERAÇÃO PADRÃO e declarar seu ESTADO DE GREVE.

O governador Marcelo Déda afirmou categoricamente, quando do encaminhamento do projeto de lei que tratou da revisão geral de 2008 em entrevista ao SE TV 2ª edição da TV Sergipe/Globo, que os Delegados abriram mão da revisão geral de 2008.(Entrevista de Marcelo Déda)

CARTILHA – OPERAÇÃO PADRÃO 1ª edição (clique aqui)

Sugestões para a atualização da cartilha, enviar para ascom@sinpolsergipe.org.

Agência SINPOL Sergipe

Sinpol: “Faremos apenas o básico, o que a Lei obriga”

Antônio Moraes: Governo priorizou delegados
Policiais Civis iniciaram nesta segunda, mais uma mobilização
 
Os mais de 1300 policiais civis iniciaram nesta segunda-feira, 07, o que eles chamam de “movimento gradativo”. A partir de hoje os agentes auxiliares e escrivães reduzirão as atividades e passarão a demanda para os delegados de polícia. A categoria promete realizar tarefas básicas, atendendo a determinação da lei.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol), Antonio Moraes, explica que os agentes e escrivães realizam tarefas que não estão de acordo com os cargos que ocupam. “Vamos acabar com a proatividade e fazer apenas o básico, aquilo que a Lei nos obriga. Reduziremos a velocidade do trabalho por conta da redução do efetivo e o aumento da demanda”, diz.

Antonio Moraes disse ainda, que o atendimento nas delegacias deverá passar inicialmente pelo delegado de polícia. “Ele (delegado) é que vai dar inicio ao processo, Ele é quem fazer as perguntas para as vítimas, testemunhas e acusados e vai ter que ditar para que o escrivão digite o fato, como está na Lei. Antes, o escrivão fazia esse atendimento ouvia as pessoas e depois o delegado assinava, porque havia uma confiança no ambiente de trabalho, só que nós estávamos nos doando para que a população não sofra, mas o governo só reconhece o delegado de polícia”, disse Moraes.

Viatura e celulares

De acordo com o Sinpol, haverá a entrega paulatina de celulares funcionais e viaturas. Segundo Moares, os policiais não são obrigados a usarem os celulares e os condutores das viaturas não possuem um curso específico para conduzir os veículos considerados veículos de emergência.

“Faremos a entrega paulatina dos celulares funcionais porque não somos obrigados a portar os aparelhos, se não receberem nós vamos desligar. Da mesma forma ocorre com as viaturas, faremos a entrega dos veículos e vamos denunciar à Polícia Rodoviária Federal ao Cptran e a SMTT de Aracaju e municípios que nenhum policial civil possui o curso de formação de condutor em veículos de emergência”, garantiu.

SSP

A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que até o momento a secretaria não recebeu nenhuma demanda com relação ao atendimento nas delegacias. Informou ainda, que a situação será discutida com a superintendente da Polícia Civil, Katarina Feitosa.

Entenda

Os policiais alegam que não houve isonomia no pagamento administrativo do retroativo da revisão geral anual de 2008 que serão pagos aos delegados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). No último dia 26 de setembro, o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) julgou como improcedente a representação Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol).

Por Eliene Andradea
 
Fonte: Portal Infonet

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ministro da Justiça corta ponto de agentes da Polícia Federal em greve

Ao mesmo tempo em que abre negociações com os servidores públicos em greve, o governo decidiu enquadrar os setores considerados mais radicais. Nesta segunda-feira, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo determinou o corte de ponto dos agentes da Polícia Federal (PF) que faltarem ao serviço em razão da greve. O corte para outras categorias havia sido foi anunciado pelo governo e autorizado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) .

Em contato com o diretor-geral do órgão, Leandro Daiello Coimbra, o ministro orientou ainda a abertura pela corregedoria de processos disciplinares contra policias que estejam abusando da população sob o manto da chamada operação-padrão.

Na semana passada, o ministro do Superior Tribunal de Justiça acatou pedido do governo, considerou ilegal e proibiu a operação-padrão dos servidores da PF e da Polícia Rodoviária Federal. Na decisão, Maia Filho "proíbe" ainda que "sejam adotados cerceamentos à livre circulação de pessoas, sejam colegas do serviço público, autoridades ou usuários".

Governo oferece reajuste de 15,8% a mais três categorias

"Ou seja, proíbo a realização de quaisquer bloqueios ou empecilhos à movimentação das pessoas, no desempenho de suas atividades normais e lícitas e ao transporte de mercadorias e cargas." Para o ministro do STJ, a operação-padrão "é uma tática que provoca inegáveis perturbações no desempenho de quaisquer atividades administrativas".

Ontem, a União das Carreiras de Estado (UCE), que representa 22 categorias de servidores, divulgou nota onde considera insuficiente a proposta do governo de conceder aumento total de 15,8 % em três anos e marcou para a próxima quinta-feira uma assembleia para discutir paralisações, que atingiriam o Banco Central e a Controladoria-Geral da União (CGU), entre outras.

O governo reservou entre 14 bilhões de reais e 22 bilhões de reais para o reajuste de servidores, conforme informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Fonte: Portal Ig

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

STJ tenta proibir Operação Padrão da Polícia Federal – por “amor à sociedade”



“Entendo que se deva – por amor à sociedade e por apreço aos seus superiores e indeclináveis interesses – desestimular e mesmo negar apoio ou abono a essas medidas de semi-paralisação funcional, ou de redução do ritmo de trabalho e de eficiência que fez e faz a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal do Brasil, entidades admiradas e merecedoras da confiança da população”: é assim que o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Napoleão Nunes Maia Filho, argumenta contra as Operações Padrão que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal vem realizando em todo o país.

Ele estabeleceu uma multa diária de 200 mil reais para o caso de desobediência a uma liminar que proíbe a modalidade de reivindicação da PF:
O ministro Napoleão Nunes Maia Filho determinou há instantes que integrantes das carreiras da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal não realizem qualquer operação padrão, que impliquem abuso ou desafio, ou cerceiem a livre circulação de pessoas, mercadorias e cargas lícitas. O descumprimento da decisão implicará multa diária de R$ 200 mil aos sindicatos das categorias. A medida, solicitada pela Advocacia Geral da União, alcança policiais e servidores administrativos.
Para o ministro, as operações padrão são uma tática que provoca perturbações no desempenho das atividades administrativas e gera uma percepção artificial de desentendimento entre a administração e seus servidores. Para ele, ainda que naturais e legítimas as reivindicações, a condição de servidor público agrega responsabilidades adicionais.
O problema é que nas Operações Padrão da PF não há “semi-paralização”, ao contrário, há uma hiperatividade dos policiais, que, paradoxalmente, tem gerado lentidão no cotidiano de alguns serviços públicos:
Nas operações estão sendo revistadas uma por uma as bagagens de passageiros que embarcarem em voos internacionais nos principais aeroportos do país. Carros, motos, ônibus e caminhões estão sendo vasculhados nos postos de fiscalização nas fronteiras brasileiras. Uma varredura em tudo o que passar pelos portos está sendo realizada. Com isso, filas imensas se formam país afora.
Ou seja, a “semi-paralização” se dá  em virtude da falta de estrutura de aeroportos, portos e rodovias brasileiras, bem como em virtude da exiguidade de policiais nos postos de policiamento federal. Se assim não fosse, não haveria lentidão e obstáculos ao cotidiano das pessoas. Uma solução? Cobrar do Governo a estruturação destes aparelhos públicos – “por amor à sociedade”!

Autor: Danillo Ferreira - Tenente da Polícia Militar da Bahia, associado ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública e graduando em Filosofia pela UEFS-BA. | Contato: abordagempolicial@gmail.com

Fonte: Abordagem Policial

STJ declara ilegais operações-padrão da PF

Ao fim de novo dia de caos em aeroportos, governo obtém vitória contra grevistas. Proibição inclui PRF
Após mais um dia de transtornos em todo o país provocados pelas greves dos servidores federais, o Superior Tribunal de Justiça concedeu, no começo da noite, pedido de liminar feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), com o aval da presidente Dilma Rousseff, para que as operações-padrão dos servidores da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sejam declaradas ilegais. Se a ordem não for acatada, as entidades poderão ter multa diária de R$ 200 mil. O despacho também proíbe que sejam adotados "cerceamentos à livre circulação de pessoas".

"Proíbo a realização de quaisquer bloqueios ou empecilhos à movimentação das pessoas, no desempenho de suas atividades normais e lícitas e ao transporte de mercadorias e cargas", diz a decisão assinada pelo ministro-relator Napoleão Nunes em resposta à ação do advogado-geral, Luís Inácio Adams, que pediu a declaração de ilegalidade.

- No nosso entendimento, essa operação corresponde a um desvio de finalidade dessas polícias, já que eles não estão promovendo o exercício da fiscalização e do controle da lei, mas usando uma competência legal para pressionar o governo e a sociedade a uma pretensão que, no nosso entender, é ilegítima, já que pretende aumentos que excedem o teto constitucional - afirmou o ministro.

De acordo com Adams, com a declaração, o Ministério da Justiça poderá também promover ações disciplinares contra os servidores que praticarem "abuso de poder contra os cidadãos". Adams afirmou que a medida poderá ser adotada para outras categorias.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ao GLOBO que pediu ainda à diretoria-geral das corporações que acompanhe as manifestações e, no caso de constatação de abuso de poder, abra processos disciplinares:

- A Constituição garante a liberdade de manifestação e expressão, mas não garante em momento algum para que pessoas investidas em cargos públicos abusem de seus poderes para criar problemas para a sociedade como forma de pressão para ter melhorias salariais.

No Aeroporto de Cumbica, que fica em Guarulhos (SP), os passageiros do embarque internacional esperaram mais de uma hora até passar pela imigração. Os policiais revistavam a documentação e 100% das bagagens de mão. A situação só se normalizou a partir das 20h, quando os policiais aumentaram o efetivo na inspeção. Batizada de "Blackout", a operação foi a segunda feita pela PF desde o início da greve.

O médico Mario Amoretti, de 48 anos, passou o dia sofrendo os efeitos dos protestos, com filas para embarcar de Porto Alegre para Guarulhos e, depois, em São Paulo, rumo a Nova York:

- Espero que, quando retornar de viagem, na sexta-feira, a situação já esteja normalizada.

Além do aumento do efetivo, a categoria reivindica reajuste do piso salarial, hoje em R$ 7,7 mil, para que chegue a R$ 12 mil.

Na segunda-feira, as operações-padrão serão retomadas no Porto de Santos e em Cumbica. Na terça-feira, é a vez de Congonhas. Mas os maiores atrasos do dia foram no aeroporto Afonso Pena, no Paraná. Segundo a Infraero, dos 55 voos previstos até as 13h, 39 (70%) sofreram atrasos, segundo o portal de notícias G1.

Pararam portos, aeroportos e estradas

No Rio, pela terceira vez, fracassou a tentativa da PF de uma operação-padrão no Aeroporto Internacional do Galeão. Ontem, servidores não conseguiram interferir nos embarques. A paralisação não tem o apoio integral da categoria no Rio. Já a emissão de passaportes continua suspensa, a não ser em caso de urgência.

Segundo o G1, quem tentou embarcar no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, e em Confins, em Belo Horizonte, também enfrentou filas pela operação "Blackout". No Espírito Santo, houve fiscalização no aeroporto de Vitória e nos portos do estado. No Nordeste, no Porto de Itaqui, em São Luís (MA), e no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza (CE), houve mobilização. Houve operações-padrão também em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Manaus.

Júnia Gama, Cristiane Bonfanti e Paulo Justus

Fonte:Exército/G1

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pacote da Nova Polícia será lançado

Em seu primeiro pronunciamento público após a decisão dos policiais civis e militares de suspender as operações-padrão programadas para o São João, o governador Marcelo Déda garantiu que vai implantar melhorias na carreira dos servidores de Segurança Pública através do Pacote Institucional da Nova Polícia, que já começou a ser discutido dentro das corporações militares através de comissões de trabalho formadas pelos comandos e pelas associações de classe. No entanto, negou ser esta a alternativa encontrada por ele para contornar a crise entre governo e polícia. Este pacote não foi criado para resolver crise alguma. É a segunda geração das mudanças que estamos implantando na Segurança Pública, frisou.
 
Segundo Déda, o objetivo é implantar em Sergipe, a partir de janeiro de 2012, uma versão do programa Pacto Pela Vida, implantado em 2007 no estado de Pernambuco para reduzir os índices de criminalidade, sobretudo os homicídios. Os resultados, como a queda de 18,7% nos assassinatos registrados no ano passado em Pernambuco, animaram outros estados, como Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, a implantarem seus Pactos, que consistem em um conjunto de projetos estruturadores e permanentes de prevenção e controle da criminalidade, realizados conjuntamente entre instituições da sociedade civil e poder público.
 
É uma política que teve um sucesso imenso em Pernambuco. Eu fui para lá no início do ano com os técnicos da Segurança Pública, tenho dialogado constantemente com o governador Eduardo Campos. Estamos nos preparando para que em 2012 nós apliquemos novas ferramentas na gestão das polícias e que possamos dialogar com a sociedade para construir um pacto pela redução dos crimes mais danosos e mais graves, afirma Déda.
 
O governador qualificou o Pacote da Nova Polícia, a ser produzido e aprovado na Assembléia Legislativa em todo o segundo semestre deste ano, como a segunda parte do processo que antecede a implantação do Pacto pela Vida. A primeira, a qual considerou concluída, foi a melhoria salarial dos policiais civis, militares e bombeiros. Hoje, a polícia de Sergipe é praticamente a segunda mais bem paga de todo o país. A reivindicação dos bombeiros do Rio de Janeiro é ganhar R$ 2 mil, 60% a menos dos R$ 3 mil que hoje ganham os colegas sergipanos. E vejam que o estado do Rio só tem 5% de miséria absoluta, quando Sergipe tem 15%, argumentou, referindo-se ao movimento recente dos bombeiros fluminenses, no qual 439 foram presos por invadir o quartel central da corporação.
 
Marcelo Déda confirmou que as primeiras leis do Pacote Institucional são a definição da carga horária da PM e dos Bombeiros, a redução do número de coronéis nas corporações e o fornecimento da alimentação às tropas. Nós temos que discutir se o ´rancho´ vai ser dado ao policial no quartel ou ter a despesa paga em forma de tíquete-alimentação, disse. O governador também confirmou que quer mudar também o Código Disciplinar das corporações militares, atualmente baseado na legislação das Forças Armadas, que é anterior à Constituição Federal de 1988.
 
Sobre os coronéis, ele citou que a Polícia Militar tem hoje 30 oficiais superiores, mas pela atual Lei de Organização Básica (LOB´s), só pode ter 13. A intenção do governo é colocar o excedente na reserva, mantendo seus respectivos direitos. Não foi Déda quem criou não. Já recebi assim. Agora, estou mandando pra Assembléia uma lei adequar esse número atual àquele que é da lei. Com isso, vamos criar condições para ter quatro novos coronéis de polícia e mais três dos Bombeiros. Isso significa ascensão, oxigenação, oficiais com cabeças novas, que vão nos ajudar na redefinição da nova polícia, afirma o governador, referindo-se ao Pacto pela Vida.
 
Perguntado sobre a fixação da carga horária da PM e dos Bombeiros em 44 horas semanais, como reivindicam as Associações Militares Unidas, Déda condicionou-a à atual demanda dos serviços de Segurança Pública, em comparação com o atual efetivo de policiais e bombeiros, que hoje é de aproximadamente 8 mil.
 
Não disse apenas para fazer a lei. Pedi ao secretário João Eloy (da SSP) que me mostre se a gente pode trabalhar para cobrir toda a demanda de segurança pública do Estado com o atual efetivo. A pergunta é essa: Em estabelecendo a carga horária, a gente tem como mobilizar esses homens para atender às demandas da segurança? Se a resposta for sim, no outro dia a lei (da carga horária) está lá (na Assembléia), declarou o governador.
 
Gabriel Damásio
 
Fonte: Jornal do Dia

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Reajuste agrava crise na polícia sergipana

A guerra interna da Polícia Civil, que coloca agentes e escrivães contra os delegados da instituição e antes estava restrita aos bastidores, explodiu ontem na Assembleia Legislativa. Mesmo não admitido pelos líderes de ambos os lados, o clima de confronto ficou bastante claro após a aprovação, pelos deputados estaduais, do aumento salarial de 5% para os delegados, que vão ganhar esse índice em acréscimo ao reajuste linear de 5,7% concedido pelo Governo do Estado e igualmente aprovado na Assembleia.

Esta situação foi antecipada na edição de ontem do JORNAL DO DIA, ao noticiar a reação do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol) ao acordo firmado entre o governo e a Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol), fechado por meio do líder do governo na casa, deputado Francisco Gualberto (PT), e que prevê a concessão do reajuste de 5% retroativo ao reajuste linear de 2008. O Sinpol convocou seus filiados para acompanhar a sessão da Assembleia.

A convocação foi atendida e os policiais civis protestaram no lado de fora da casa, exigindo que o mesmo aumento dado aos delegados fosse dado aos agentes e escrivães. Eles ganharam o apoio das Associações Militares Unidas, que representam oficiais e praças da Polícia Militar. As duas categorias ainda farão assembleias em separado, mas já adotaram uma estratégia única: retomar as greves brancas e não cumprir os serviços extraordinários, como aconteceu durante os movimentos Operação Padrão (da PC, em 2007) e Tolerância Zero (da PM, em 2009).

Na prática, esta estratégia pode comprometer a segurança de grandes eventos públicos programados para o São João, a exemplo do Forró Caju, do Arraiá do Povo e da Festa do caminhoneiro, em Itabaiana. Este objetivo foi explicitado pelos líderes do Sinpol e das Unidas, como forma de pressionar o governo a conceder-lhes o mesmo reajuste dado aos delegados. Se esse projeto for aprovado, não vai ter festa em Itabaiana. Forró Caju? Vá contratar a Nordeste Segurança! Acho que alguns coronéis e delegados, donos de empresas de segurança, vão gostar disso! E que a população saiba: o culpado disso é o governador Marcelo Déda Chagas, disparou o presidente do Sinpol, Antônio Moraes, em tom bastante irritado.

Moraes bradou ainda que os parlamentares praticaram estelionato contra os servidores públicos e os fizeram de palhaços. É inadmissível o que eles fizeram. Já que quer fazer um aumento, bote-o num projeto específico, para ele ser passível de análise. Não! Ele veio escondido no meio do reajuste. Não sei por que o governador Marcelo Déda está sendo motivado a privilegiar 100 pessoas em detrimento de 7 mil. O Governo não pode tratar a categoria de forma fracionada e deve sentar com o sindicato, que é representante de toda a categoria, e negociar as questões salariais e de condições de trabalho. Não somos contra o aumento para os delegados, mas os benefícios devem ser para todos, de forma igualitária, ressalta Moraes.

Os policiais militares fazem coro com a irritação dos colegas e também estão dispostos a retomar os protestos contra o governo. Nós não vamos mais parar. Podem mandar prender ou expulsar, que vamos pagar o preço, mas vamos fazer o que devia ser feito há muito tempo. Não vamos mais aguentar toda essa humilhação. O governo do PT conseguiu rachar a segurança pública no meio e agora quer quebrar o resto ao dar esse tratamento diferenciado. Deu aos delegados? Perfeito, mas que dê pra gente também o mesmo tratamento, avisa o gestor da Caixa Beneficente da PM, sargento Jorge Vieira.
 
Gabriel Damásio
 
Fonte: Jornal do Dia

terça-feira, 27 de abril de 2010

Agentes da PF paralisam atividades por dois dias

Os policiais federais estão de braços cruzados entre esta terça e quarta-feira. A decisão da Federação Nacional dos Policiais Federais promete deixar o serviço lento em todos os postos de atendimento da capital, que contarão com apenas 30% do pessoal.

Só os casos de urgência e emergência serão atendidos. Nos aeroportos da Pampulha e de Confins, será realizada uma operação padrão. Uma assembleia, marcada para hoje, definirá os rumos do movimento.

A principal reivindicação é a valorização dos agentes, que, segundo o sindicato da categoria, não recebem o mesmo tratamento e reajuste salarial que outras carreiras federais. Segundo a PF, somente dos últimos concursos, mais de 40% dos servidores do órgão pediram exoneração.

Fonte: Jornal O Tempo Online

segunda-feira, 1 de março de 2010

PMs já articulam manifestações

Cinco mil policiais militares e bombeiros estarão em Brasília a partir de hoje

Esta semana é decisiva para os policiais militares de todo o País. O congresso prometeu votar o Projeto de Emenda Constitucional 300/08 (PEC 300) que estabelece um piso nacional para PMs e bombeiros com base no maior salário pago entre os entes da Federação. Se isso ocorrer o piso para os policiais passaria para R$ 4,5 mil. Cinco mil policiais militares e bombeiros estarão em Brasília a partir de hoje para pressionar os congressistas. Se a PEC não for aprovada, a categoria pode caminhar para um movimento de reivindicação nos estados, ou até uma greve nacional.

Do Paraná, três ônibus partem hoje para Brasília, levando uma comitiva de 150 policiais e bombeiros que engrossarão as manifestações em favor da PEC 300. No começo do mês eles já haviam realizado uma outra manifestação que também reuniu mais de cinco mil policiais de todo o País para exigir que o projeto fosse colocado em pauta. Na época, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, prometeu que faria isso entre os dias 2 e 3 de março.

Os policiais paranaenses — representados pela Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos e Inativos (Amai) — não são a favor de uma greve, mas reconhecem a insatisfação nacional e a possibilidade que seja deflagrado uma ação reivindicatória mais contundente. A articulação existe

A PEC 300 prevê um mínimo para a categoria com base no maior salário pago entre as PMs do Brasil, no caso a do Distrito Federal, onde os vencimentos giram em torno dos R$ 4,5 mil. Porém, há negociações no Congresso para que esse valor seja maleável, até para não comprometer o orçamento de muitos estados que não teriam como arcar com tal valor. R$ 3,5 mil é um mínimo considerado aceitável pela Associação Nacional das Entidades Representativas dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Anaspra).

No Paraná, qualquer que seja o valor estipulado, já seria vantajoso. Um soldado ingressa na carreira com salário de R$ 900 no primeiro ano de serviço, passando a R$ 1.700 quando se torna soldado de primeria classe. Mesmo com o menor dos valores propostos na PEC 300, ainda assim teria seus vencimentos dobrado.Sem a PEC 300, que promete discussões acaloradas amanhã, os policiais no País já articulam os próximos passos. Os PMs são proibidos constitucionalmente de fazer greve, mas eles não descartam essa possibilidade. Mas há planejamentos de outras maneiras de manifestação, como o aquartelamento ou uma operação padrão.

Fonte: Blog da Renata

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Policiais e bombeiros podem parar a nível nacional

A segurança pública a nível nacional pode estar comprometida a partir de abril. O aviso foi dado pelo presidente da ANASPRA, o deputado distrital, Cabo Patrício (PT), na manhã desta terça-feira (09), em entrevista ao radialista George Magalhães, no programa Liberdade sem Censura.

Patrício disse durante a entrevista que é preciso votar a PEC 300 (que equipara o salário da PM com Brasília), até o mês de abril e, caso isso não aconteça, já que é ano de eleição e a legislação não permite reajuste a funcionários a partir daí. “Nós vamos deflagrar a operação padrão, ou seja poderá ocorrer uma greve a nível nacional”, disse Patrício.

O capitão Samuel, presidente da ASSOMISE, propôs que seja feita uma grande manifestação em frente ao congresso nacional. Samuel quer reunir o maior número possível de Policiais e Bombeiros Militares, de todos os estados e a partir daí, montarem acampamento em frente ao congresso. “Vamos reunir o maior número de PMs e BMs e vamos acampar em frente ao congresso. Daqui nós vamos tentar levar uns dois ônibus e claro, com policiais que estejam em férias para não afrontar o comando e não comprometer a segurança do estado”, disse Samuel.

Em Sergipe a situação começa a se complicar por conta das negociações que não avançam junto ao governo. Nesta segunda-feira, o gestor da Associação Beneficente dos Servidores Militares, Sargento Vieira, chegou a denunciar perseguição por parte do comando geral da PM, aos gestores das associações.

Vieira disse que aqui, poderá ser deflagrado o “Tolerância Zero”. O Tolerância Zero consiste na execução dos trabalhos militares dentro da total legalidade. Essa situação aconteceu no início do ano passado para mobilizar a classe em torno das reivindicações de melhoria salarial. No decorrer da ação, os PMs’ não admitiam ir para as ruas com viaturas com pouco combustível ou com pneus carecas, ou ainda em carros não licenciados. A operação contou com apoio de diversos políticos e segmentos da sociedade civil e resultou em reajuste salarial que já vem sendo pago de forma escalonada. Agora, as reivindicações giram em torno da carga horária e da exigência de nível superior para ingressar na PM.

Uma nova assembléia estará sendo marcada para discutir o assunto e caso o governo não reveja a situação, os PMs irão acampar em frente a Assembléia Legislativa.

Fonte: Coluna Senadinho

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"Operação Padrão" na PMERJ

Após o movimento “Tolerância Zero” realizado, com sucesso, por policiais militares de Sergipe, a estratégia de utilizar a legalidade para se mostrar importante para a sociedade e os governos estão se replicando em alguns estados do país. O mais recente exemplo, mas ainda sem uma definição clara das consequências que irá gerar, é o chamado Movimento Polícia Legal, que ainda se encontra em curso na Polícia Militar da Bahia.

Agora, policiais da mais badalada polícia militar do Brasil, a PMERJ, não querem ficar para trás, e estão organizando uma “Operação Padrão” que, segundo está sendo publicado, ocorrerá amanhã (12). Mas o modus operandi da operação é diferente do que se fez em Sergipe e do que se está tentando fazer na Bahia:

“A proposta é para que, na próxima quarta, todos os policiais militares que estiverem patrulhando as ruas consigam ocorrências para lotar as delegacias e deixar as ruas sem segurança, provando para o governo que a PM é imprescindível e merece um aumento salarial.”

Veja mais no blog Casos de Polícia

Algo que não se diferencia entre os três movimentos é a utilização da internet como meio de divulgação das ações e de motivação dos policiais para que participem delas. No Rio de Janeiro, a comunidade do orkut “Operação Padrão 12/08/09” é o centro das discussões. Além disso, o Praças da PMERJ, o Coronel Paúl e o Major Wanderby, dois grandes blogueiros militantes da PMERJ, estão comentando as expectativas e as ações da movimentação. Já no twitter - sim, ele está se popularizando entre os policiais brasileiros - o destaque fica com o @bocadesabao (Boca de Sabão).

O blog Casos de Polícia, do Jornal EXTRA, promete fazer a cobertura total da operação que, dizem os organizadores, ocorrerá amanhã, quarta-feira (12). Espera-se que essas movimentações cheguem a resultados como o que chegou a PMSE, onde Governo, população e Polícia Militar acabaram se entendendo, e, se não houve o acordo ideal para todos, a parceria entre os três não ficou arranhada, podendo se sustentar uma vivência de confiança mínima. A Bahia e o Rio conseguirão isso?

Fonte: Blog Abordagem Policial

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Praças se recusam a dirigir e viaturas ficam no quartel

Viaturas foram guardadas dentro das companhias, sob a alegação de que as carteiras de habilitação daqueles cuja função é dirigi-las estão vencidas.

Policiais Militares permaneceram nas unidades que estão lotados.

“Eu, Soldado Decepcionado, (...), venho por meio desta dar ciência que encontro-me impossibilitado para conduzir viatura policial ou quaisquer outros veículos de emergência por não possuir o CPME - Curso Prático de Motoristas de Viaturas de Emergência, oferecido por essa instituição”. Este é o início de um modelo de ofício que circulou via internet entre os praças da Polícia Militar, que foi preenchido e entregue em massa aos comandantes de vários batalhões e companhias da corporação. A ação fez parte da operação-padrão feita pela categoria desde a sexta-feira passada, em protesto contra o governo estadual.

No início da manhã, muitos dos policiais que assumiram o turno entregaram os ofícios preenchidos aos seus superiores. Muitos carros de unidades como a Companhia de Radiopatrulha (CPRP), a Companhia de Turismo (CPTur), o Batalhão de Choque (BPChq), o Centro de Suprimento e Manutenção (CSM), e outras companhias de Polícia Comunitária da capital, ficaram retidos nos pátios dos quartéis. Em outras unidades, a exemplo do 8º BPM, responsável pelos centros comerciais da cidade, oficiais e praças mais graduados que estavam com a habilitação em dia foram convocados para dirigir as viaturas e fazer as rondas.

Uma orientação passada pelo Comando da PM ordenou que os militares participantes da operação-padrão fizessem suas rondas de rua a pé. As guarnições fardadas, em grupos de até seis policiais, foram vistas caminhando pelas ruas de determinados bairros. “A Polícia Militar não se concentra em um único padrão de policiamento e este (de rondas a pé) é um dos mais antigos e principais que desenvolvemos”, afirmou o chefe de relações-públicas da PM, coronel Carlos Magno Ornelas.

Por volta das 12h, uma manobra dos militares que despertou rumores de aquartelamento: as poucas viaturas que faziam as patrulhas de rua foram recolhidas aos quartéis para a hora do almoço. Daquele momento até por volta das 15h, nenhuma viatura da PM foi vista nas ruas da capital. O coronel Ornelas explicou que houve um erro na formatação da escala dos carros, que não reservou uma frota de retaguarda para guarnecer as ruas durante a pausa do almoço. No entanto, a situação se repetiu entre as 18h30 e as 20h30, após a troca de turno dos militares. De acordo com as Associações Militares Unidas, os que assumiram o plantão noturno, às 19h, também entregaram ofícios preenchidos aos comandantes, recusando-se a pilotar as viaturas de rua.

No final da tarde, todos os PM’s que se recusaram a sair com as viaturas foram convocados ao quartel do 5º Batalhão da PM, em Socorro, para conversar com o sub-comandante da corporação, coronel Eduardo Santiago, que tentou um acordo para que eles voltassem a exercer a função. No entanto, a tropa decidiu manter a operação-padrão.

Fonte: Jornal do Dia

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