Foto: João Henrique
A Secretaria de Estado da Segurança Pública repassou na manhã de ontem, 22, à Polícia Militar, dois fuzis calibre 7.62 para tiros de precisão, e 25 pistolas elétricas não letais, para a imobilização de infratores. Segundo o secretário João Eloy de Menezes, todo o material estava com a Polícia Civil e agora irá para unidades operacionais da PM. “São todos itens novos, adquiridos no ano passado e que serão enviados para onde a demanda por esse tipo de armamento é maior”, revelou.
Ainda foram entregues pelo secretário João Eloy carregamento contendo nove mil estojos, nove mil espoletas e nove quilos de pólvora. Esses kits serão empregados na recarga de munições para treinamento e atualização de tiro policial na corporação militar. “Estamos fornecendo esses insumos para que a tropa disponha de meios para melhorar a sua atuação. Neste ano, a PM terá capacitado mais de três mil integrantes em tiro policial nas diversas companhias e batalhões em todo o Estado”, reforçou.
O ato foi realizado na sede da SSP e contou com a presença do comandante geral da PM, coronel José Carlos Pedroso Assumpção; do superintendente da Polícia Civil, delegado João Batista Santos Júnior, e do secretário adjunto da SSP, coronel Aelson Resende Rocha, além de comandantes de unidades da PM, como 1º e 8º Batalhões de Policiamento Comunitário, Batalhão de Choque (BPChq), Batalhão de Trânsito (BPTran), Companhia de Radiopatrulha (CPRp) e Comando de Operações Especiais (COE).
De acordo com o comandante do COE, major Sílvio César Aragão, os fuzis modelo AGLT se somarão a outros dois modelos G3 que já são utilizados pelo grupamento tático para ações de retomada de reféns e em outras situações críticas. “Vamos fazer um curso para qualificar mais militares do COE para tiro de precisão, com a chancela de especialistas da PM de Minas Gerais. Será uma qualificação seletiva e muito rígida do ponto de vista técnico e que irá exigir muito dos poucos participantes”, revelou.
Já as 25 pistolas modelo Taser serão destinados ao BPChq, BPTran e aos Batalhões Comunitários. Com mais esse número de pistolas, a PM passa a contar com 65 armamentos elétricos não letais. Atualmente, as equipes que mais utilizam esses itens são soldados que atuam no policiamento de estádios de futebol e também no atendimento a ocorrências com pessoas sob o efeito de drogas. O objetivo desse tipo de armamento é disparar uma descarga elétrica que paralisa os membros do infrator sem matá-lo.
Iunes reassume Comando
Coronel Maurício Iunes reassumiu ontem o comando de policiamento da capital, por determinação do governador em exercício Belivaldo Chagas. Ele estava afastado das funções desde o final de setembro, ao ser acusado de espancamento, pelo universitário Paulo Ítalo Lacerda Pontes, 20 anos. Na madrugada do sábado (26 de setembro), o rapaz saiu com a filha do coronel, uma adolescente de 14 anos, e ao retornar foi surpreendido pelo oficial. A menina saiu de casa sem o consentimento dos pais.
A volta do coronel Iunes ao Comando de Policiamento da capital já era dada como certa, desde o início da semana. O secretário de Segurança Pública, João Eloy Menezes aguardava uma conversa com o governador em exercício Belivaldo Chagas, para trazê-lo de volta às atividades. Esse diálogo aconteceu na quarta-feira. “Já está confirmado. A partir de hoje (ontem) ele já é o comandante. Não há mais motivos para ele ficar afastado”, assegurou João Eloy, ao lembrar que foi o próprio Iunes que pediu afastamento do cargo para que o fato envolvendo ele e o adolescente fosse devidamente apurado.
No dia 15 deste mês, os advogados do coronel Iunes e do estudante Paulo Ítalo, José Carlos Cruz e Aloísio Andrade, estiveram no gabinete do secretário João Eloy para informar que ambos, no dia 13, terça-feira, formalizaram um acordo extrajudicial, em razão de renúncia ao exercício do direito de representação, apresentado por Paulo Ítalo ao delegado Gilberto Passos, titular da delegacia de turismo, onde tramitava um procedimento investigativo.
De acordo com os advogados, o acordo veio à tona porque as famílias envolvidas chegaram à conclusão de que a melhor forma de dar cabo ao impasse consistia na pacificação, o que, segundo eles, foi excelente e agradou a todos. Na oportunidade, os advogados declararam que, embora o fato não envolvesse a SSP, enquanto instituição, foi gratificante constatar que o secretário João Eloy abriu as portas de sua secretaria, a fim de tranquilizar os envolvidos, aos quais foi transmitida uma confortante sensação de segurança.
Fonte: Jornal da Cidade
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