Em Brasília desde a última terça-feira, 23, para acompanhar e participar das discussões e da mobilização dos militares pela aprovação da PEC 300, os presidentes da Asprase, sargento Araújo, e da Associação dos Subtenentes e Sargentos (ASSPM), sargento Prado, fizeram um balanço da visita à capital federal.
Desta vez a mobilização dos policiais (militares e civis) e bombeiros não foi tão grande como em outras oportunidades. A falta de coordenação era nítida e isso levou os policiais e bombeiros que compareceram em Brasília a tentarem se organizar através da criação de uma comissão permanente, em reunião realizada na Câmara Federal no dia 23, com o objetivo de definir e coordenar as ações em prol da aprovação da proposta, e de manter presença constante em Brasília.
A Cobrapol (Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis) definiu em reunião com seus integrantes que fará mobilizações e panfletagens no Congresso, faltando definir detalhes. O Sinpol/SE estava representado pelo seu presidente, Antônio Moraes, que acompanhou a sessão da terça-feira, 23, ao lado dos sargentos Araújo e Prado. Os policiais militares do Rio de Janeiro pretendem realizar também um movimento nos dias 9 e 10 de dezembro. O estado que é um dos mais visitados por turistas no Brasil, é também um dos que mais sofre com a insegurança da população. A proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016 agrava ainda mais a situação e faz do Rio um símbolo emblemático da luta dos policiais por valorização.
No entanto, mobilizações isoladas dificilmente surtirão efeito. E pelo que se observou estes dias em Brasília, mesmo ações coordenadas encontrarão grande dificuldade no que diz respeito à colocação da PEC 300 na pauta de votação da Câmara este ano. É público e notório que o governo não deseja aprovar neste momento projetos que onerem o orçamento do próximo ano, no qual se inicia um novo governo. Os governadores dos Estados, como esperado, também não são a favor da proposta. A presidente eleita Dilma Roussef também já demonstrou sua rejeição à PEC 300, embora tenha admitido que é necessário discutir a aprovação de um piso salarial nacional para os policiais.
As mobilizações deverão continuar, mas pelo visto dificilmente a matéria será votada nessa legislatura. Ao que nos parece, numa visão bem realista, os policiais militares, civis e bombeiros precisarão se reorganizar e reestruturar a luta pela criação do piso nacional, a fim de retomar as negociações com novo fôlego após a posse da nova presidente e dos novos governadores.
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