Segundo Marcelo Déda, as espalhafatosas profecias de estagnação e atraso não resistem a uma análise honesta dos fatos
Por Marcelo Déda, governador do Estado de Sergipe
Há duas semanas atrás, o IBGE divulgou resultados dos Produtos Internos Brutos dos Estados brasileiros, referentes ao ano de 2008. O PIB sergipano apresentou crescimento real de 2,6%, resultado sem dúvida modesto e muito abaixo da média nacional, posicionando-o como o menor no ranking daquele ano.
Esses fatos provocaram algumas intervenções críticas nas páginas dos jornais e algum espalhafato nas tribunas da oposição. A se dar ouvidos a essas vozes, a economia sergipana teria entrado num período de estagnação que, no limite, poderia comprometer o nosso futuro. Nada mais distante da realidade.
Para compreender melhor o processo do nosso crescimento econômico, é fundamental examinarmos com mais profundidade o relatório do IBGE com o resultado do PIB de 2008. Nem tudo foi ruim naquele ano. O setor agropecuário sergipano, responsável por 5,2% do PIB, cresceu 20%, com um extraordinário destaque para a produção vegetal que apresentou crescimento de 37,9%, influenciada pelo aumento da produção do milho, equivalente a 146,6%. O setor de serviços, o mais relevante da nossa economia, responsável por 61,8% da riqueza produzida em nosso estado, apresentou crescimento de 3,2%.
O baixo desempenho daquele ano se deveu a dificuldades em segmentos muito específicos do setor industrial: a produção de energia da Usina Hidroelétrica de Xingó e a queda de produção em três subsetores importantes para a indústria de transformação de Sergipe, a saber, a produção de alimentos e bebidas, afetada pelo recuo nas exportações de sucos em plena crise financeira internacional; a indústria de calçados, penalizada pela concorrência com as importações de produtos asiáticos; e a produção da indústria têxtil, em virtude do fechamento de unidades industriais naquele ano. Em 2008, a produção de energia da UHE de Xingó, por problemas operacionais, recuou 38% em relação a 2007. Somente este fato teve impacto negativo de 1,2% no crescimento do PIB de Sergipe.
O ano de 2008 foi um ano atípico no desenvolvimento brasileiro. Não convém esquecer que o mundo conheceu entre o final de 2008 e o primeiro semestre de 2009 a mais profunda crise econômica desde a grande depressão de 1930, e o impacto em cada estado brasileiro foi diferenciado, de acordo com o perfil de sua estrutura produtiva. O impacto em 2008 foi maior em Sergipe por causa do peso do setor energético em sua matriz produtiva e por conta dos efeitos da crise no comércio mundial que afetou sobremaneira o mercado de sucos cítricos, reduzindo as exportações sergipanas.
Os críticos, entretanto, demonstraram possuir uma memória seletiva que esquece os fatos positivos como os verificados, por exemplo, em 2007. Convém lembrar que naquele ano, o PIB sergipano cresceu 6,2%, muito acima da média da região Nordeste que foi de 4,8%. Analisando-se os dois anos, 2007 e 2008, vamos verificar que a taxa anual média do PIB de Sergipe acumulou um crescimento médio de 4,4%, taxa superior à obtida em idêntico período por estados como Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, ambos produtores de petróleo como Sergipe.
Esse crescimento médio superou também o do nosso vizinho Estado de Alagoas. Nesse período, também, o PIB de Sergipe ultrapassou o do Estado de Alagoas, mesmo considerando a diferença de território e de população, já que a nossa é de 2.036.277 e a do estado vizinho alcança 3.093.994 habitantes, 52% a mais.
Para nossa felicidade, os problemas de 2008 foram enfrentados e em grande parte superados. Um extraordinário volume de investimento público, somado a uma política governamental de desenvolvimento econômico proativa na atração do investimento privado, tem permitido que Sergipe viva um processo intenso de recuperação de sua atividade econômica, disseminado em todos os setores. Segmentos atingidos pela crise em 2008 e 2009 recuperaram espaço e geraram empregos. Entre novembro de 2007 e outubro de 2008, antes que os efeitos da crise internacional sobre o emprego interno se fizessem sentir, tínhamos comemorado a geração de 12.775 empregos formais com carteira assinada em Sergipe. Agora, no período de 12 meses, entre novembro de 2009 e outubro de 2010, foram criados 21.113 empregos com carteira assinada - saltamos para um patamar jamais visto antes na economia sergipana, ou seja, o resultado dos últimos 12 meses se situa 65,2% acima do melhor desempenho já havido na economia sergipana. Pelo quinto mês consecutivo, no acumulado de 12 meses, a indústria de transformação sergipana é a que mais gera emprego no Brasil, em termos proporcionais.
A intervenção do nosso governo, liderando os estados produtores de calçados na luta contra a concorrência desleal da China, fez com que o Governo Federal sobretaxasse as importações chinesas e devolvesse competitividade ao nosso produto. A nossa atuação junto ao setor têxtil, reduzindo tributos em troca da manutenção e expansão do emprego, deu excelentes resultados e permitiu a reabertura da antiga fábrica Confiança. Esses dois setores, duramente atingidos pela crise, apresentam hoje um crescimento robusto. Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, foram criadas 628 vagas no setor têxtil-confecção, resultado também da captação de novas indústrias, trabalho realizado pelo nosso governo. Na indústria de calçados foram gerados nesse período 1.616 empregos formais e na indústria de alimentos e bebidas, mais 1.068 empregos.
Para os próximos anos, mais notícias alvissareiras: a Petrobras amplia os seus investimentos e anuncia uma nova era para a indústria do petróleo em nosso estado - a exploração em águas profundas; a Fafen investirá algo em torno de 130 milhões de dólares na ampliação da sua planta e na diversificação da sua produção; a vale investirá perto de um bilhão de dólares no projeto carnalita, dilatando no tempo a produção de potássio em Sergipe. Obras como a duplicação da BR-101, a construção da ponte Gilberto Amado, entre Estância e Indiaroba e a ampliação e reforma do nosso Aeroporto, ao lado de tantas outras, consolidarão investimentos estruturantes capazes de dar suporte à expansão da nossa economia.
Se agregarmos a esses dados, o novo horizonte de progresso social e econômico de Sergipe que tem sido atestado pelos institutos oficiais de planejamento e de políticas públicas, encontraremos ainda mais motivos para um sadio otimismo. A Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar de 2009 registrou que Sergipe é o primeiro estado do Nordeste em itens como domicílios com coleta de esgoto, acesso a telefonia, acesso a computadores e fogão, e segundo lugar em acesso a coleta de lixo e posse de geladeira, além de registrar o maior rendimento médio familiar de toda a região. Nenhum outro estado nordestino liderou o ranking em mais de um item.
Como se vê, as espalhafatosas profecias de estagnação e atraso não resistem a uma análise honesta dos fatos. Os dados são consistentes e mostram que Sergipe soube aproveitar as oportunidades que este novo Brasil, inspirado pela liderança do presidente Lula, nos ofereceu. Sergipe avança, se desenvolve, amplia o seu horizonte de possibilidades e cria condições objetivas para a inclusão social do nosso povo. É verdade que ainda temos grandes desafios a vencer e gigantescos obstáculos a superar no cumprimento da missão de fazer de Sergipe um estado socialmente justo, economicamente desenvolvido e ambientalmente equilibrado, mas o nosso governo vai continuar trabalhando duro, investindo em infraestrutura, universalizando e qualificando os serviços públicos e apostando na participação popular e na disseminação dos valores da cidadania. Com o apoio e o trabalho do nosso povo, não tenho dúvidas, Sergipe seguirá vencendo!
Fonte: Agência Sergipe de Notícias
Por Marcelo Déda, governador do Estado de Sergipe
Há duas semanas atrás, o IBGE divulgou resultados dos Produtos Internos Brutos dos Estados brasileiros, referentes ao ano de 2008. O PIB sergipano apresentou crescimento real de 2,6%, resultado sem dúvida modesto e muito abaixo da média nacional, posicionando-o como o menor no ranking daquele ano.
Esses fatos provocaram algumas intervenções críticas nas páginas dos jornais e algum espalhafato nas tribunas da oposição. A se dar ouvidos a essas vozes, a economia sergipana teria entrado num período de estagnação que, no limite, poderia comprometer o nosso futuro. Nada mais distante da realidade.
Para compreender melhor o processo do nosso crescimento econômico, é fundamental examinarmos com mais profundidade o relatório do IBGE com o resultado do PIB de 2008. Nem tudo foi ruim naquele ano. O setor agropecuário sergipano, responsável por 5,2% do PIB, cresceu 20%, com um extraordinário destaque para a produção vegetal que apresentou crescimento de 37,9%, influenciada pelo aumento da produção do milho, equivalente a 146,6%. O setor de serviços, o mais relevante da nossa economia, responsável por 61,8% da riqueza produzida em nosso estado, apresentou crescimento de 3,2%.
O baixo desempenho daquele ano se deveu a dificuldades em segmentos muito específicos do setor industrial: a produção de energia da Usina Hidroelétrica de Xingó e a queda de produção em três subsetores importantes para a indústria de transformação de Sergipe, a saber, a produção de alimentos e bebidas, afetada pelo recuo nas exportações de sucos em plena crise financeira internacional; a indústria de calçados, penalizada pela concorrência com as importações de produtos asiáticos; e a produção da indústria têxtil, em virtude do fechamento de unidades industriais naquele ano. Em 2008, a produção de energia da UHE de Xingó, por problemas operacionais, recuou 38% em relação a 2007. Somente este fato teve impacto negativo de 1,2% no crescimento do PIB de Sergipe.
O ano de 2008 foi um ano atípico no desenvolvimento brasileiro. Não convém esquecer que o mundo conheceu entre o final de 2008 e o primeiro semestre de 2009 a mais profunda crise econômica desde a grande depressão de 1930, e o impacto em cada estado brasileiro foi diferenciado, de acordo com o perfil de sua estrutura produtiva. O impacto em 2008 foi maior em Sergipe por causa do peso do setor energético em sua matriz produtiva e por conta dos efeitos da crise no comércio mundial que afetou sobremaneira o mercado de sucos cítricos, reduzindo as exportações sergipanas.
Os críticos, entretanto, demonstraram possuir uma memória seletiva que esquece os fatos positivos como os verificados, por exemplo, em 2007. Convém lembrar que naquele ano, o PIB sergipano cresceu 6,2%, muito acima da média da região Nordeste que foi de 4,8%. Analisando-se os dois anos, 2007 e 2008, vamos verificar que a taxa anual média do PIB de Sergipe acumulou um crescimento médio de 4,4%, taxa superior à obtida em idêntico período por estados como Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, ambos produtores de petróleo como Sergipe.
Esse crescimento médio superou também o do nosso vizinho Estado de Alagoas. Nesse período, também, o PIB de Sergipe ultrapassou o do Estado de Alagoas, mesmo considerando a diferença de território e de população, já que a nossa é de 2.036.277 e a do estado vizinho alcança 3.093.994 habitantes, 52% a mais.
Para nossa felicidade, os problemas de 2008 foram enfrentados e em grande parte superados. Um extraordinário volume de investimento público, somado a uma política governamental de desenvolvimento econômico proativa na atração do investimento privado, tem permitido que Sergipe viva um processo intenso de recuperação de sua atividade econômica, disseminado em todos os setores. Segmentos atingidos pela crise em 2008 e 2009 recuperaram espaço e geraram empregos. Entre novembro de 2007 e outubro de 2008, antes que os efeitos da crise internacional sobre o emprego interno se fizessem sentir, tínhamos comemorado a geração de 12.775 empregos formais com carteira assinada em Sergipe. Agora, no período de 12 meses, entre novembro de 2009 e outubro de 2010, foram criados 21.113 empregos com carteira assinada - saltamos para um patamar jamais visto antes na economia sergipana, ou seja, o resultado dos últimos 12 meses se situa 65,2% acima do melhor desempenho já havido na economia sergipana. Pelo quinto mês consecutivo, no acumulado de 12 meses, a indústria de transformação sergipana é a que mais gera emprego no Brasil, em termos proporcionais.
A intervenção do nosso governo, liderando os estados produtores de calçados na luta contra a concorrência desleal da China, fez com que o Governo Federal sobretaxasse as importações chinesas e devolvesse competitividade ao nosso produto. A nossa atuação junto ao setor têxtil, reduzindo tributos em troca da manutenção e expansão do emprego, deu excelentes resultados e permitiu a reabertura da antiga fábrica Confiança. Esses dois setores, duramente atingidos pela crise, apresentam hoje um crescimento robusto. Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, foram criadas 628 vagas no setor têxtil-confecção, resultado também da captação de novas indústrias, trabalho realizado pelo nosso governo. Na indústria de calçados foram gerados nesse período 1.616 empregos formais e na indústria de alimentos e bebidas, mais 1.068 empregos.
Para os próximos anos, mais notícias alvissareiras: a Petrobras amplia os seus investimentos e anuncia uma nova era para a indústria do petróleo em nosso estado - a exploração em águas profundas; a Fafen investirá algo em torno de 130 milhões de dólares na ampliação da sua planta e na diversificação da sua produção; a vale investirá perto de um bilhão de dólares no projeto carnalita, dilatando no tempo a produção de potássio em Sergipe. Obras como a duplicação da BR-101, a construção da ponte Gilberto Amado, entre Estância e Indiaroba e a ampliação e reforma do nosso Aeroporto, ao lado de tantas outras, consolidarão investimentos estruturantes capazes de dar suporte à expansão da nossa economia.
Se agregarmos a esses dados, o novo horizonte de progresso social e econômico de Sergipe que tem sido atestado pelos institutos oficiais de planejamento e de políticas públicas, encontraremos ainda mais motivos para um sadio otimismo. A Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar de 2009 registrou que Sergipe é o primeiro estado do Nordeste em itens como domicílios com coleta de esgoto, acesso a telefonia, acesso a computadores e fogão, e segundo lugar em acesso a coleta de lixo e posse de geladeira, além de registrar o maior rendimento médio familiar de toda a região. Nenhum outro estado nordestino liderou o ranking em mais de um item.
Como se vê, as espalhafatosas profecias de estagnação e atraso não resistem a uma análise honesta dos fatos. Os dados são consistentes e mostram que Sergipe soube aproveitar as oportunidades que este novo Brasil, inspirado pela liderança do presidente Lula, nos ofereceu. Sergipe avança, se desenvolve, amplia o seu horizonte de possibilidades e cria condições objetivas para a inclusão social do nosso povo. É verdade que ainda temos grandes desafios a vencer e gigantescos obstáculos a superar no cumprimento da missão de fazer de Sergipe um estado socialmente justo, economicamente desenvolvido e ambientalmente equilibrado, mas o nosso governo vai continuar trabalhando duro, investindo em infraestrutura, universalizando e qualificando os serviços públicos e apostando na participação popular e na disseminação dos valores da cidadania. Com o apoio e o trabalho do nosso povo, não tenho dúvidas, Sergipe seguirá vencendo!
Fonte: Agência Sergipe de Notícias
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