Foi elaborada uma carta, que será enviada às autoridades do Estado e do País alertando sobre a falta de segurança
Um encontro para discutir a segurança pública foi realizado, ontem, neste Município. O evento, organizado pelo Conselho Comunitário de Defesa Social (CCDS) de Camocim, entidade ligada à Secretaria de Segurança Pública do Estado, reuniu representantes dos conselhos comunitários de vários bairros da Capital, cidades da Região Metropolitana de Fortaleza e de Municípios da região Norte e Sertão Central, Prefeitura de Camocim, vereadores, Ministério Público e Defensoria Pública Estadual, Policiais Militares e do Ronda do Quarteirão, Exército e Marinha.
Temas como desagregação familiar; fenômeno da violência e drogatização; crianças e adolescentes em situação de rua; violência nas escolas e bullying foram o centro das discussões. Segundo o responsável pela organização do evento, Ismael Pinheiro, "o crack na cidade de Camocim está se tornando uma grande indústria. Tem gente lucrando muito com o tráfico.
Precisamos ajudar a Polícia no combate a este tipo de criminalidade". Para o representante da Defensoria Pública, Edmar Lopes, dos 53 presos que cumprem pena no Presídio da cidade, 10% são acusados de tráfico de drogas. "A Polícia está trabalhando no combate ao tráfico de drogas. Com ajuda da população, identificando que são os outros que ainda permanecem impunes, vamos colocá-los também na cadeia", disse ele.
Os participantes foram divididos em grupo e durante o encontro, que se encerrou por volta das 17h, apresentaram propostas e sugestões para o combate à criminalidade em suas respectivas regiões. "O Governo Federal está liberando recursos na ordem de R$ 5 bilhões para o combate ao tráfico de drogas. Por isso, precisamos apresentar propostas que nos auxilie neste combate", esclareceu Pinheiro.
Na opinião do coordenador do CCDS, major Francisco Mendonça, que também comanda o Programa Ronda do Quarteirão na Zona Norte, a primeira questão que o governo precisa descobrir, para obter sucesso no combate ao uso e ao tráfico de drogas, é saber qual é a causa e qual é a consequência. A segunda questão é que tipo de influência um traficante exerce no meio social que está inserido.
Carta
Ao final do encontro, foi elaborado um documento, denominado de "Carta de Camocim", que será enviado às autoridades do Estado e do País. O Programa CCDS é desenvolvido desde fins da década de 1990, quando decreto garantiu a implementação em todos os Municípios cearenses, estipulando critérios para sua gestão.
O principal objetivo é o envolvimento das comunidades na construção de uma sociedade solidária e pacífica. A partir de ações integradas na área social, o programa soma esforços e divide responsabilidades para o aprimoramento da segurança pública e para o combate às causas da violência.
Combate
"Dos 53 presos no presídio da cidade, 10% são acusados de tráfico de drogas"
Edmar Lopes
Defensor Público
"Para obter sucesso no combate, é saber qual é a causa e qual é a consequência"
Francisco Mendonça
Coordenador do CCDS
Mais informações: Secretaria da Segurança Púbica e Defesa Social (SSPDS)
Avenida Bezerra de Menezes, 581, São Gerardo, Fortaleza/ (85) 3101.5037
Wilson Gomes
Fonte: Diário do Nordeste
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