sexta-feira, 27 de maio de 2011

Delegados reagem e prometem mudar relação com categorias

Por Gabriel Damásio

A Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol) demonstrou irritação e indignação com as críticas feitas pelos dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol) e das Associações Militares Unidas ao reajuste adicional de 5% aprovado ontem na Assembléia Legislativa. Os delegados ligados à entidade prometem se reunir para discutir a reação dos outros policiais civis e militares ao acordo firmado com o governo, mas o presidente da entidade, Kássio Kelinton Viana, adianta que o comportamento da categoria vai mudar.

Estou pasmo com a manifestação dessas categorias contra os delegados de polícia. Vamos repensar o nosso relacionamento com todas elas, porque fica difícil tratar as pessoas o tempo todo com educação e sermos criticados. Nunca pisamos na Assembleia para pedir nada contra categoria nenhuma. Apoiávamos todas as categorias que pediam reajustes. Agora, a luta de classes da Adepol mudou. Nós vamos defender a categoria dos delegados de polícia de qualquer forma e não temos medo de fazer isso, frisou Kássio, com fortes críticas à posição do Sinpol e das Unidas.

O representante da Adepol também defendeu o aumento dado aos delegados, mesmo admitindo que ele não é o suficiente para suspender as mobilizações deflagradas desde o mês passado, que já provocou falta de delegados em 21 cidades e concentrou a lavratura de flagrantes aos fins de semana na Delegacia Plantonista de Aracaju. Os delegados pedem 35% de aumento acrescido de 15% dos reajustes entre 2008 e 2010. Esses 5% é simplesmente uma dívida de 2008, quando os delegados não foram incluídos no reajuste linear. O Governo conseguiu resolver a questão neste ano. Já tinha dito na imprensa que nós não recebemos aumento desde 2006, justifica Viana.

Com o reajuste, o salário inicial de um delegado de polícia de 3ª Classe passa a ser de quase R$ 9,5 mil, sem contar as gratificações. Os policiais militares, além de agentes e escrivães da Civil, defendem igualdade salarial entre as duas polícias. Se você imaginar que toda vez que der aumento pra um tem de dar pra todos, ninguém ganha mais reajuste nesse estado. Quem é o governador que vai poder dar aumento pra tido mundo sem ser linear? questiona o delegado.

Fonte: Jornal do Dia

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