quinta-feira, 16 de junho de 2011

Militares decidem em assembleia manter a segurança nos festejos juninos





Militares lotaram a quadra do Colégio Militar

Policiais e bombeiros militares decidiram em assembleia geral realizada esta tarde, na quadra do Colégio Militar de Sergipe, que irão garantir a segurança da população durante os festejos juninos do Estado. A decisão foi tomada levando em consideração a abertura de um canal de diálogo por parte do governo.

Na última terça-feira, 14, após duas longas reuniões com representantes das Associações Unidas, o Comandante da PM e o Secretário de Segurança deram aos militares a garantia de que o governo atenderá aos pleitos da classe. Como resultado destes encontros, foi criada uma Comissão Especial, composta por representantes da PM e das Associações Unidas, que terá por objetivo elaborar as minutas de Projetos de Leis que contemplem os pontos reivindicados pelos militares.

A categoria reivindica a definição da carga horária, a exigência de nível superior para acesso na corporação, etapa alimentação, retorno da gratificação de habilitação (cursos) e a aprovação da nova Lei de Organização Básica (LOB).

As lideranças presentes na assembleia esclareceram os militares acerca do andamento das negociações e apontaram os avanços dos últimos dias. Eles enfatizaram a necessidade de que a decisão da categoria fosse tomada com inteligência e responsabilidade, pois dessa decisão dependeria o futuro das negociações.

"Sei o que se passa na cabeça de vocês e tenho as mesmas desconfianças de todos os senhores e senhoras, por isso peço que deem um voto de confiança não ao governador, ao secretário ou ao comandante, mas a nós", disse em discurso o presidente da Asprase, sargento Araújo, afirmando que as lideranças das associações têm um compromisso com a categoria de elaborar os Projetos de Lei no menor tempo possível para que possam ser encaminhados o quanto antes ao governador. "Se desta vez o governo 'bater fofo' e mais uma vez não cumprir sua palavra, temos todo o direito de retomar nosso movimento e 'entrar de sola', pois ele não será mais merecedor da nossa confiança", disse Araújo.

O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos, sargento Prado, concordou com as palavras do colega da Asprase e disse que era importante para a categoria aproveitar o canal de diálogo aberto pelo governo, já que esta era uma das maiores cobranças feitas pelos militares. Prado também pediu para que os colegas da Comisão Especial dessem a maior celeridade possível à elaboração dos projetos e avisou: "Se o governo nos enganar, se não formos contemplados, retomaremos o movimento".

O deputado estadual Capitão Samuel (PSL) também participou da assembleia. Ele contribuiu com sua experiência de líder classista e mostrou para a categoria a importância de se tomar uma decisão sábia. Samuel disse que abraçaria quaquer decisão que a categoria tomasse e afirmou que não poderia esconder a verdade dos seus colegas. Para ele, se o canal de diálogo foi aberto seria importante que fosse usado.

Samuel lembrou ainda que por conta do recesso parlamentar, dificilmente qualquer projeto seria votado antes do início de agosto e que esse período deveria ser aproveitado para elaborar e analisar todas as propostas. Ele disse ainda que muitas autoridades já o procuraram preocupadas com a questão dos militares e que era importante para a categoria conquistar este apoio.

Diante das diversas explanações os militares entenderam que uma vez que foi aberto o canal de diálogo, tão reivindicado pela classe, e principalmente após ser dada à categoria a oportunidade de participar ativamente da elaboração dos Projetos de Lei que atenderão aos seus anseios, o mais razoável era dar ao governo mais um voto de confiança, apesar de toda a desconfiança ainda existente por conta da promessa feita anteriormente pelo governo de definir a carga horária e o nível superior, o que não foi cumprido. Mesmo com essa desconfiança, a categoria decidiu quase que por unanimidade por manter a normalidade do serviço durante os festejos juninos.

Para o sargento Araújo a decisão da categoria foi a mais acertada. "Levamos em conta a abertura do diálogo por parte do governo e a necessidade de segurança da sociedade, que sempre esteve ao nosso lado e não poderia ser esquecida por nós. Vamos garantir a segurança do São João e esperamos que o governo também garanta o cumprimento da sua palavra", finalizou o sargento.

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