Camila Fernandes - São Paulo(SP) - 23/08/2011
O aumento da violência tem causado baixas em todos os lados, tanto da sociedade como dos policiais que trabalham enfrentando a bandidagem.
Com isso, tem crescido o número de policiais que saem feridos de maneira fatal ou sequelados para sempre trabalhando em defesa da sociedade.
Muitos são vítimas de paraplegia ou tetraplegia, geralmente policiais que estão no auge de sua atuação e dando o seu melhor para proteger a sociedade.
Com isso, o sonho de uma vida inteira de seguir a brilhante carreira militar ou civil vai por água abaixo, exigindo do policial e sua família muita superação e força de vontade. Alguns ficam depressivos e muitos chegam a tentar o suicídio.O Brasil tem uma dos maiores índices de suicídio e depressão de policiais do mundo.
Porém, a sociedade tem como reabilitar esses profissionais, através do trabalho na própria polícia e bombeiro, contratando-os para atuarem nos serviços internos.
Para isso, seria oferecido curso de reciclagem e eles assumiriam os serviços que não exigem destreza física, como na central de atendimento do CIODS, para fazer a comunicação com as viaturas, através do telefone ou rádio e monitoramento de câmeras de segurança em todo estado.
Espaço para isso não falta, pois o setor de atendimento do CIODS é amplo e possui adaptações para acessibilidade e, nos locais onde não existam tais adaptações, elas podem ser facilmente realizadas.
Esses policiais também poderiam ser instrutores dos diversos cursos de formação, extensão e aperfeiçoamento e até realizar funções administrativas nas unidades de todo estado, além de ministrar cursos e palestras de prevenção a drogas e segurança da família em escolas públicas e privadas.
O sistema de remuneração extra poderia seguir o mesmo que é utilizado para os policiais convocados para a guarda patrimonial.
Essa reintegração servirá para devolver a dignidade, promover a autoestima e, principalmente, para valorizar esses profissionais que tanto fizeram pela sociedade.
Também servirá para tirar muitos policiais do estado depressivo, causado pela tragédia pessoal, e ainda renderá uma remuneração extra para os mesmos.
Sem mencionar o importante serviço que, mais uma vez, será prestado à sociedade, e um verdadeiro exemplo de cidadania e respeito aos portadores de deficiência física.
Está mais que na hora de abrirmos espaço para as diferenças, só assim teremos uma sociedade mais justa.
Osvaldo Matos de Melo Jr.
Fonte: Forum de Segurança Pública
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