Por Henrique Mendes e Bárbara Silveira
A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado (Secom) informou, no fim de tarde desta quinta-feira, 2, que a Força Nacional chega a Salvador nesta noite, com 150 policiais, para reforçar a segurança no Estado.
Segundo o órgão, cerca de 500 devem chegar à capital baiana em 48 horas.
Medo - Os comerciantes da Avenida Sete e da Calçada, preocupados com a suposta greve da Polícia Militar, já começam a contabilizar alguns transtornos. De acordo com a assessoria do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindiloja), uma série de vendedores passaram a fechar as portas de seus estabelecimentos horas antes do horário convencional.
Segundo o órgão, os comerciantes da região, por medida preventiva, começaram a dispensar os funcionários às 16h. "A crescente preocupação com a integridade física dos funcionários e clientes tem despertado a ação dos lojistas. O clima entre todos é de alerta e preocupação", revelou Paulo Mota, presidente do Sindiloja, ao justificar o fechamento das lojas (desde o dia 31), antes do horário previsto.
O chefe de comunicação da PM, capitão Marcelo Pitta, afirma que algumas denúncias de arrastões estão vindo à tona, e que todos os casos estão sendo apurados. "Nossas equipes estão nas ruas verificando as denúncias. Muitas delas não são verídicas. Verifica-se uma tentativa de fragilizar a população", tranquilizou.
O comandante da 18ª Batalhão da PM, Coronel Anselmo, responsável pelo policiamento na Avenida Sete, afirmou na tarde de quarta, 1º, que a ação dos lojistas é desnecessária. "Só na Avenida Sete temos 3 viaturas e cerca de 20 policiais trabalhando. Não há motivos para preocupação", afirmou.
Segundo o Sindilojas, os lojistas relataram arrastões na região da Estação da Lapa, no bairro da Calçada e nas proximidades do Orixás Center, na região do Politeama.
Subúrbio - A suspeita de um arrastão no início da tarde desta quinta-feira, 2, nos bairros de Periperi, Plataforma e outros bairros do subúrbio ferroviário causou tumulto na região.
Diversos leitores entraram em contato com a equipe de reportagem de A TARDE para denunciar o fechamento nos bairros supostamente atingidos.
Uma leitora, que preferiu não se identificar, contou que estava presente no momento do arrastão em Periperi. Segundo ela, o comércio local fechou as portas e a população estava atordoada pelas ruas.
De acordo com o delegado Antônio Carlos Magalhães, da 5° Delegacia de Periperi - um dos supostos bairros que sofreram o arrastão - a confusão foi causada por vários homens armados, que estavam a bordo de duas motos e um carro, e que passaram pelas lojas ordenando que os estabelecimentos fossem fechados.
Segundo Magalhães, apesar do grande susto causado à população, o evento não pode ser considerado arrastão, já que nada foi roubado. "Não foi registrada nenhuma queixa de roubo, nem a pedestres que passavam pelo local, nem a estabelecimentos comerciais", conta o delegado. A polícia acredita que a ação faça parte de uma estratégia para amedrontar a população.
Após o tumulto, cinco viaturas da polícia realizaram buscas na região dos bairros de Periperi e Plataforma, mas nenhum suspeito foi encontrado.
Fonte: A Tarde
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