Policiais militares entraram em contato com a reportagem F5 News para informar que poderão entrar em aquartelamento nos dias de Pré-Caju, sob o argumento de que estão insatisfeitos com o comandante do policiamento da capital, coronel Jackson Nascimento, e suas decisões, segundo eles, arbitrárias.
De acordo com os policiais que conversaram com a reportagem, a escala imposta pelo comandante Jackson é escravagista e força os militares a trabalharem com maior desgaste físico e mental. Além disso, os policiais reclamam que estão sofrendo de opressão por parte do comando, sendo forçados a trabalhar fora de escala e mandados para locais distantes por perseguição oriunda de oficiais.
“O policial que mora em Canindé pode ser mandado para trabalhar em Tobias Barreto, tendo que passar pelo QCG (Quartel do Comando Geral) primeiro? Pois isso está acontecendo. O militar viaja 400 quilômetros para tirar 12 horas de serviço. Forçar o policial a trabalhar fora da sua escala é certo? Pois isso está acontecendo na PM. Tentamos compreender o comando, mas não entendemos as ações e nomeações de opressores para as posições hierárquicas. O coronel Jackson quer escravizar os policiais, que já trabalham com um número mínimo. Não suportamos mais a situação”, desabafou um praça.
Os militares afirmaram que poderão não sair para trabalhar no Pré-Caju, devido às ações do coronel Jackson, assim como de outros oficiais que, conforme apontam, os fazem trabalhar como empregados pessoais. A possibilidade de se manterem aquartelados durante os dias de festa é clara, criando uma temeridade até mesmo para os próprios militares.
“Se as coisas continuarem como estão, não teremos opção a não ser ficar nos quartéis durante o pré-caju. O problema não é salarial, não é com o comando, mas com a falta de respeito praticada contra nós, policiais militares, que nos arrebentamos todos os dias para proteger a sociedade, enquanto um ou outro oficial quer nos tratar como animais. O povo não merece sofrer por causa dos nossos problemas internos, mas infelizmente ações como as do coronel Jackson não nos dão outra opção”, disse um oficial de baixa patente.
A reportagem F5 News tentou contato com os representantes da Associação dos Militares de Sergipe (Amese), sargentos Jorge Vieira e Edgard Menezes, para confirmar a informação. O sargento Edgard informou que a associação não estará envolvida com nenhum movimento contra o Pré-Caju, mesmo tendo posicionamento contrário à maneira como é aplicado o policiamento na festa. Edgard destacou que estão dedicados a resolver o problema dos policiais acusados de motim no mesmo evento do ano passado.
Também houve a tentativa de comunicação com o coronel Jackson, comandante do policiamento da capital, sem sucesso.
Marcio Rocha
Fonte: F5 News
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