domingo, 21 de abril de 2013

Sergipe não está livre de viver uma guerra civil

São graves os problemas enfrentados na Saúde pública de Sergipe. É bem verdade que muitas das carências se devem a ineficiência ou inexistência mesmo de gestão, em especial, das Fundações Públicas de Saúde que não disseram para que vieram ainda. Tão importante quanto é o problema da política de Segurança Pública. Existem muitos investimentos, é verdade, os salários estão dentro de uma condição razoável, que não justifica o clima, mas falta efetivo nas ruas para trabalhar. A cada ano, por exemplo, a ação da Polícia Civil perde espaço pelo fato do pequeno número de policiais e muitos militares já não suportam cumprir tantas horas extras.

Na Polícia Militar é necessário fazer justiça e reconhecer a luta do deputado estadual Capitão Samuel (PSL). Criticado por alguns segmentos e questionado dentro da própria PM, o parlamentar acerta quando aponta alguns dados preocupantes: em primeiro lugar, que até o final de 2013, 400 policiais militares estarão indo para a reserva. Especulou-se um concurso público para mil homens na PM, previsão derrubada recentemente pelo secretário de Estado da Fazenda, João Andrade. O auxiliar do governo disse que, no caso de um concurso, as finanças só permitem a reposição daqueles que vão se aposentar (400 vagas).

Em síntese, partindo desse princípio, é o mesmo que trocar seis por meia dúzia, ou melhor, nada vai mudar. Se você se sente inseguro hoje, imagine com 400 PMs a menos? Mesmo que sejam convocados 400 aprovados em um concurso, como o governo não se decide e demora demais, estes ainda terão pela frente um ano de curso, de treinamento, antes de irem para as ruas. Avaliando a situação, a onda de assaltos vai aumentar, assim como os registros de roubos e furtos. Os sequestros relâmpagos se tornarão um risco ainda maior. Quem mora ou reside em propriedade rural só terá duas opções: rezar para não ser “visitado” pelos marginais ou defender a família e a honra com as próprias mãos.

Este cenário que começa a se desenhar é muito perigoso. Já pensou se o cidadão comum, diante da ineficiência da PM, resolve se armar e enfrentar os criminosos? E se grupos civis começarem a ser organizar para combaterem o crime? Lembram-se dos grupos de extermínio em Poço Verde? Mas o que está ruim ainda pode ficar pior! Essa semana o deputado Capitão Samuel trouxe outro dado ainda mais assustador: em 2014 uma turma da PM completa 30 anos de atividade e vai para a reserva! A previsão é que mil homens se aposentem no próximo ano! E como vamos ficar? sem segurança? Como vamos sair nas ruas? Esta pode ser até considerada uma narrativa dramática, mas é a realidade. Sergipe não está livre de viver uma guerra civil.

As autoridades constituídas precisam assumir suas responsabilidades, fazendo os investimentos corretos e promovendo as valorizações necessárias. Nossas delegacias precisam de reformas e reparos; são necessários mais veículos, armamentos mais modernos, coletes e melhores salários para a PM e a PC. Tudo influi, mas também é fundamental que o governo invista no concurso público. É preciso preparar as novas turmas para que possam substituir a altura aqueles militares que se aposentam. A corporação é formada por homens de carne e osso, que arriscam suas vidas em defesa da paz e segurança social. Temos sim super-homens nas nossas polícias, mas não porque são imortais ou pela força, mas pela dedicação ao trabalho e pela garantia de segurança, superando todas as adversidades. É melhor prevenir a remediar quando o caos vir a tona...
 
 
Fonte: Facebook do Capitão Samuel

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