terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Governador do Estado de Santa Cantarina põe a vida de alunos de soldado em risco

Com a intenção de uma operação de vitrine, o comandante da pm com o aval do governador do estado, obrigaram o Centro de Ensino da PM a colocar mais de 300 alunos de soldados na rua com menos de 3 meses de curso dos 9 que serão compreendidos.

Por pressão do comandante da Policia Militar e contra a vontade dos oficiais do centro de ensino da PM, os alunos de soldado serão colocados na rua para "defender o cidadão" apenas vestidos de farda e com menos de 3 meses de curso, ou seja, praticamente o primeiro módulo de estudos apenas completado. "Nós seremos colocados na rua sem tonfa, sem colete balístico, sem spray de pimenta, completamente desarmados. Todos nós estamos com muita vontade de irmos para a rua defender o cidadão e tentar dar mais dignidade e segurança à todos. Entramos na Polícia Militar para isso, afinal todos nós temos nível superior completo e tivemos oportunidade de atuar em outras áreas, mas é impossível fazer isso se nem mesmo nós vamos ter o mínimo de segurança", disse um aluno que prefere não ser identificado.

Segundo informação do próprio centro de ensino, CFAP, até mesmo o diretor era contra pois considera arriscado colocar 320 alunos de soldado nas ruas sem muito preparo, sem EPI (Equipamento de Proteção Individual) para trabalhar em turnos que, durante a semana vai até as 23H e finais de semana até as 24h. Eles trabalharão em locais como a praça XV, beira-mar de florianópolis, beira-mar continental, entre outros; locais estes considerado de baixo e médio risco. Porém, esse risco é relativo, pois desarmados, sem proteção e, conseqentemente, serão alvos mais fáceis que os próprios cidadãos.

O comando prometeu que terão policiais formados cuidando de cada dupla ostensiva (homens e mulheres andarão em pares), mas até mesmo os oficiais afirmam, nas entrelinhas, que é praticamente impossível ter um policial executando esta tarefa. Além disso, apesar de prometido, ainda é incerto que cada dupla tenha um HT (rádio comunicador) para solicitar apoio em qualquer problema que possa vir a acontecer.

Será que é realmente necessário colocar 320 alunos de soldado despreparados, sem segurança pessoal que, por conseguinte, não proporcionarão segurança à ninguém? A dúvida maior é: será necessário que ocorra algum problema maior esses alunos para que uma medida seja tomada? É certo que todos estão muito empolgados em ir para as ruas defender a sociedade, mas que tipo de segurança será proporcionada se nem mesmo o mínimo de sua própria é garantida?
 
Fonte: Portal Jornal Destaque - Santa Catarina

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