quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Soldado Isaías: Sobre o vídeo do Governo do Estado de Sergipe que fala da Classe Militar

Soldado Isaías - Arquivo Aspra

Sobre o vídeo do Governo do Estado de Sergipe que fala da Classe Militar

Visando esclarecer a sociedade sergipana, emitimos uma análise sobre o vídeo que está sendo divulgado nas redes sociais em todo o país que aborda os anseios dos servidores militares sergipanos:

  • O governo sergipano está somente corrigindo uma gafe que cometera com a classe militar, tendo em vista que em 2014 todos os demais servidores sergipanos tiveram seus planos de carreira e a implantação dos seus respectivos subsídios estabelecidos;
  • Não existe nenhum legado com as propostas iniciais dos projetos, o que existe é um projeto de deterioração da carreira e dos salários a curto prazo;
Sobre as palavras da Oficial Evangelina:
  • Os projetos não são intangíveis na instituição "hierarquizada", prova cabal é que Sergipe é um dos poucos estados brasileiros que não os colocou em prática, está apenas acompanhando a tendência nacional de humanização e valorização das instituições policiais;
  • O governador sentou e dialogou com os futuros policiais militares (excedentes), porém nunca sequer recebeu em seu gabinete representantes da classe dos praças, base de sustentação da segurança pública, então não se pode chamar de arrojado um chefe que não dialoga com servidor público de base, e magnitude do projeto só se for pra outra classe, menos a dos praças;
Sobre as palavras do Praça Wagner Silva:
  • Completamente correto, perspectiva de promoção HOJE, porém com os limitadores inseridos no magnânimo Plano de Carreira, haverá um afunilamento a médio prazo, estagnando as promoções.
  • Vale lembrar que estagnando as promoções estaremos com salários congelados, pois com o subsídio haverá estagnação salarial. Atualmente com o sistema de gratificação trienal, ao menos nos primeiros 21 anos o policial tinha perspectiva de 7 progressões, mesmo que pouca, no salário. Os policiais mais antigos não tem nada pra comemorar....
  • O tempo de permanência nos postos e graduações de 2 anos tem limitadores percentuais estabelecidos na própria legislação, ou seja, pode ser mais tempo que o propagado;
  • O valor da Retribuição por Jornada Extraordinária de Trabalho da base é 200 reais, mas não mostraram que dos níveis acima chega a 600 reais, tentam passar a população que um soldado ou cabo pode tirar até 10 jornadas por mês, num claro plano de tornar o profissional em escravo de suas limitações financeiras, vendendo suas horas de lazer e convívio familiar para complementar suas rendas, mesmo que eles consigam aprovar a medíocre tabela de subsídio proposta pelo governo, os cabos e soldados são muitos para dividir a esmola do governo. Enquanto o topo da pirâmide são poucos para dividir jornadas valendo 400, 500 e 600 reais.
  • Os instrutores e monitores de curso, após a aprovação, serão somente oficiais, hoje existem praças em tais funções única e exclusivamente pelo baixo valor, não que os praças não tenham capacidade para tal, mas por força do defasado militarismo;
  • Sobre a convocação dos novos policiais: entrem e somem na luta, queremos defender a sociedade, fazemos isso há mais de 150 anos, mas agora estamos num árduo processo de auto valorização, de defender nossas famílias e por conseguinte o Estado Sergipano.

A sociedade sergipana precisa saber que o governo de Sergipe deve 26% de reajuste inflacionário aos policiais e bombeiros sergipanos, para se ter uma ideia dessa situação imagine o preço do frango, da gasolina e do feijão em 2013 e compare com os atuais.

Nós não brigamos por *aumento salarial*, estamos lutando por direitos tirados e por tratamento igualitário com as demais categorias.

Isaías Silva - Soldado da PMSE

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