A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado realizou audiência pública, nesta quinta-feira (6), para discutir a situação de todas as categorias dos trabalhadores da Segurança Pública diante da reforma da Previdência em tramitação na Câmara dos Deputados (PEC 287/2016).
A audiência teve a participação de associações de agentes da segurança pública de diversas áreas, entre elas, o representante dos praças do Brasil. Em nome da categoria falou Héder Martins de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Praças - Anaspra.
O diretor da Anaspra falou sobre o perigo da atividade policial e o que antes era um profissão que tinha risco de vida agora é uma profissão que mata. "Morrem no Brasil, por ano, cerca de 500 policiais. Só no Rio de Janeiro, já foram mais de 50. É um a cada dois dias. Por isso, não precisamos mais falar aqui do risco, ele não é mais risco, é uma realidade. Nós estamos nos enganando, pois a morte dos policiais é uma realidade, é fato", disse.
O vice-presidente da Associação Nacional de Praças falou ainda da situação particular dos militares estaduais que convivem com estresse do regimento disciplinar. E citou o caso do presidente da Associação dos Bombeiros do Rio Grande do Norte que foi preso por utilizar uma rede social. Ele ainda cobrou as direções das instituições policiais - civis e militares. "Temos que tirar os comandantes da zona de conforto, eles estão no cargo para assumir os ônus e os bônus", afirmou. Sobre o fim da punição com prisão disciplinar, Heder deixou claro que a Anaspra não abre mão dessa pauta. Ele argumentou ainda que a Previdência não é deficitária, portanto essa reforma não faz sentido do jeito que foi apresentada.
Fonte: Anaspra
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