segunda-feira, 30 de abril de 2018

Alagoas: policiais e bombeiros militares em luta por reajuste salarial




Os policiais e bombeiros militares de Alagoas, reunidos em torno das entidades representativas (ASPRA, ACS Alagoas, ASSOMAL, ASSMAL, ABMAL, UPM/AL, ASSORPOBOM e Caixa Beneficente), estão lutando por reajuste 29%, ou seja, o mesmo valor aos delegados do Estado. Ou seja, pedem isonomia. A proposta apresentada pelo governo, dividir em quatro anos 10% de reajuste com pagamento inicial somente em 2019 dos primeiros 4%, foi rejeitada em assembleia da categoria. A assembleia, realizada no dia 17 de janeiro, contou com cerca de 4 mil militares. Logo após a votação, os dirigentes protocolaram documento ao governo do Estado negando a proposta oferecida. E, em seguida, os policiais e bombeiros militares fizeram uma caminhada no Centro de Maceió.

Em reunião na Secretaria do Planejamento, no dia 20 de abril, com os presidentes das associações militares e o Governo do Estado, através do secretário de Estado do Planejamento e Gestão Fabrício Marques, alegou impossibilidades legais e financeiras para atender o pleito de 29% exigido pelos militares. O secretário solicitou mais um prazo para realizar estudos mais detalhados sobre o assunto, sobretudo em relação a um maior percentual possível a ser dado no mês de janeiro de 2019, como forma de reenquadramento do subsidio do Militar.

Em outra reunião realizada no dia 24 de abril, ficou decidido, segundo informou o portal G1, que os representantes dos militares vão formar uma comissão própria para avaliar as contas do governo do estado, depois que mais um encontro da categoria com o governo que terminou sem acordo sobre o reajuste.

Conforme a notícia do G1, neste encontro, governo havia apresentado mais uma contraproposta, desta vez com percentuais diferentes de acordo com as patentes. Seriam 12% para cabos e soldados e 10,36% para patentes a partir de sargento, escalonados em quatro anos. A proposta de reajustes diferentes a depender da patente, no entanto, foi rejeitada de imediato.

"O nosso trabalho aqui é em busca de valorização de toda categoria, apesar do governo manter a negativa e querer aplicar 10% distribuídos até 2022, o que já foi rechaçado em assembleia. Depois dessa pressão, ele cedeu em 2%, mas dividindo a tropa. Ofereceu 12% para cabos e soldados, divididos em até 2022 e 10,33% para as demais graduações, de sargento até coronel, o que gerou uma insatisfação generalizada", explicou o presidente da Associação de Praças de Alagoas (Aspra/AL), sargento Wagner Simas. A categoria quer uma análise própria das contas do governo para saber a real situação do estado e definir um percentual justo, informou o portal.

Operação Legal

Enquanto as negociações acontecem, a orientação da direção unificada das associações é para que sejam suspensos os trabalhos da Ronda no Bairro e da Força Tarefa. A medida, esclarecem, não significa o aquartelamento da tropa. "Estamos trabalhando com a perspectiva de não radicalizar com aquartelamento, por isso estamos traçamos algumas medidas como Operação Legal", esclareceu Simas. Para isso, o movimento está adotando algumas medidas.

Em relação ao programa "Ronda de Bairro", programa criado pelo governador por decreto a partir de militares voluntários na reserva e ex-reservistas, está sendo feito um trabalho para que evitar essa atividade. "Isso a Constituição proíbe, pois se caracteriza como formação de milícia, e o governador formou uma milícia oficial. Inclusive o pagamento para essa Ronda de Bairro não está caracterizado como pagamento de pessoal. Ele tira de um custeio e paga em outra rubrica", explicou Simas.

Como a maior parte do serviço a PM desempenha com a Força Tarefa, deu um abalo muito grande no Estado. Em 24 horas, o índice de criminalidade aumentou em 39%. "No serviço ordinário, os militares estão fazendo a vistoria minuciosa das viaturas e se estiver com alguma situação em desacordo com a regulamentação, pneu careca, farol apagado, enfim, qualquer avaria que trata risco, o militar apresenta requerimento e se exime de prestar a atividade porque a viatura está sem condições. Além disso, quando os militares têm os coletes vencidos e as verbas de fardamento e de alimentação estão atrasadas também vão apresentar requerimento, o que está dando um abalo muito significativo", expôs Simas.

Além do mais, as viaturas do serviço ordinário e da Força Tarefa que estão com o documento de uma cor e com a pintura ou plotagem externa de outra cor, mesmo que seja da polícia ou bombeiro militar, não estão sendo usadas porque contraria o Código de Trânsito. Ademais, as munições que já estiverem vencidas deverão devolver aos quartéis porque arma sem munição é estar desarmado.

Fonte: Anaspra

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