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quarta-feira, 25 de março de 2015

Aprovada urgência para projeto que pune quem induzir jovem a praticar crime

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para os seguintes projetos:

- PL 789/07, do Senado, que muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir novo tipo de crime, relacionado a induzir esses jovens a praticar crimes graves como homicídio, roubo, sequestro ou estupro, por exemplo;

- PL 7224/06, do Senado, que permite a concessão de liberdade condicional a condenados por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo apenas se eles tiverem cumprido mais de quatro quintos da pena; e

-PL 6785/06, do deputado Celso Russomanno (PRB-SP), que determina ao oficial de registro civil comunicar à Secretaria de Segurança Pública o óbito registrado.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

quinta-feira, 19 de março de 2015

Reunião da Comissão de Segurança Pública: Reforma do Código Penal, ciclo completo de polícia, adicional noturno e financiamento da Segurança Pública

Reformas dos códigos Penal e de Processo Penal são apontadas como necessárias

O representante da Associação dos Magistrados Brasileiros, juiz Gervásio Santos, pediu ao Congresso, durante a comissão geral sobre segurança pública no Plenário da Câmara, a atualização do Código Penal, proposta que está parada no Senado desde 2010, e o aprimoramento da legislação sobre crimes cibernéticos.

O advogado especialista em Direito Penal e Processual Penal Rafael Teixeira Martins lembrou ainda que o Código de Processo Penal é da década de 40. Martins, professor da Universidade Paulista, apoiou o anteprojeto de reforma do Código de Processo Penal que hoje tramita na Câmara.

Além dessas mudanças, o presidente da Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal, Marcos Leôncio Ribeiro, falou da importância da regulamentação de duas leis federais já em vigor: a Lei de Organizações Criminosas (12.850/13) e a de indenização de agentes públicos em fronteiras (12.855/13).

A primeira trata da colaboração entre as diversas forças policiais no País – federais, estaduais e municipais. A segunda estimula a permanência de policiais federais nas fronteiras. “A Polícia Federal, sozinha, não dá conta; é preciso colaboração entre as forças de segurança”, disse.

Controle externo

O procurador da República Bruno Freire de Carvalho, do Ministério Público Federal, falou de outro aspecto da discussão, que é o controle externo da atividade policial. Essa atribuição constitucional é do Ministério Público e, segundo ele, é uma garantia para o cidadão.

Ele defendeu ainda que a segurança pública não seja discutida apenas do ponto de vista dos crimes violentos. “Corrupção, lavagem de dinheiro e crimes de colarinho branco também devem ser tratados no âmbito da segurança pública”, destacou.

Já a secretária-geral da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Aparecida Garcia Porto, apontou o combate à corrupção como fator relevante nas políticas públicas de segurança. Ela defendeu propostas enviadas pela associação à Comissão de Legislação Participativa da Câmara em 2010.

Um dos projetos em análise na comissão qualifica a corrupção como crime hediondo. Outro propõe a criação de um Conselho Nacional de Ética Pública – composto pelas corregedorias parlamentares, da União e do Conselho Nacional de Justiça e pelo Conselho Nacional do Ministério Público. O terceiro cria um sistema eletrônico de licitação, a cargo da Controladoria Geral da União.

Debatedores pedem definição de formas de financiamento da segurança pública

Autoridades e representantes de entidades debateram nesta quarta-feira, no Plenário da Câmara, a situação da segurança pública no Brasil. Entre os temas discutidos em comissão geral, destacaram-se a necessidade de definição de formas de financiamento da segurança pública, com a fixação de um percentual de recursos do Orçamento da União; a adoção do ciclo de polícia completo (em que as forças fazem investigação e patrulhamento ostensivo); e a valorização dos profissionais de segurança pública.

Parlamentares presentes ao debate defenderam a redução da maioridade penal como forma de combater a violência. Já a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, alertou para os casos de violência letal contra adolescentes. A situação crítica do sistema prisional no País e o excesso de prisões temporárias também foram discutidos.

A ministra Ideli Salvatti disse que a possibilidade de um adolescente de 12 a 18 anos ser vítima de homicídio chega a 36%, ante uma média na população em geral de 5%. “A violência contra adolescentes merece toda a atenção da sociedade”, afirmou. Ela disse que a situação é agravada quando se examina território, faixa de renda, raça e gênero. “A desigualdade é visível e gritante”, continuou.

Ideli Salvatti lembrou ainda que os índices de homicídios e estupros são elevados no País, mesmo ocorrendo o sub-registro de ocorrências. “O Estado brasileiro como um todo tem de estabelecer prioridades no combate a essa violência”, disse, ressaltando a necessidade de cooperação e parcerias entre as forças policiais da União, dos estados e dos municípios.

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Arthur Trindade, também defendeu mudanças nas responsabilidades de União, estados e municípios na segurança pública. “Hoje, os estados são responsáveis por 67% dos investimentos. É necessário rever isso, porque a União e os municípios gastam muito pouco no combate à violência”, disse.

Abordagem geral

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, defendeu uma ampla abordagem da questão da segurança pública no País. Para ele, não basta analisar pontualmente o aumento de penas, a questão do adolescente infrator, do tráfico de drogas, das fronteiras e do sistema prisional. Na avaliação do secretário, todos os temas estão relacionados.

Beltrame deu o exemplo das ações desenvolvidas em seu Estado, que, segundo ele, diminuíram os índices de violência. “O Rio de Janeiro hoje apresenta resultados concretos. Mas isso passa pelo Legislativo, pelo Ministério Público, pela Justiça. Passa por leis que abordem a questão do menor, a questão do crack, a questão de fronteiras. Passa também pelo sistema prisional”, disse.

A defensora pública da União Tatiana Melo Aragão Bianchini apresentou dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2014, indicando que há no Brasil 563.526 presos, sem incluir os que estão em prisão domiciliar, para um total de 357.219 vagas no sistema prisional. “É evidente a superlotação”, disse. Segundo ela, existem 373.900 mandados de prisão em aberto no País. “Há mais mandados de prisão em aberto do que vagas nos presídios”, continuou.

Ao citar um levantamento internacional que colocou o Brasil entre os países mais inseguros do mundo, a defensora pública foi enfática: “O encarceramento em massa não está sendo eficaz para reduzir a criminalidade no Brasil”. Para ela, a situação atual leva a um embrutecimento do preso, e não à reeducação, como prevê a lei. “A reincidência no crime chega a 70%”, disse. Esse alto índice de reincidência também foi destacado pelo superintendente de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, Marcelo Aires Medeiros.

Diante deste quadro, Tatiana Bianchini apelou para que o Congresso não eleve penas de prisão, como previsto em muitos projetos, mas sim estimule a adoção, pelo Judiciário, de penas alternativas. Ela também sugeriu a redução dos casos de prisão temporária, pedindo ainda que seja proposto um tempo máximo para esse tipo de detenção.

Garantias constitucionais

O desembargador Alexandre Victor de Carvalho, representando a Associação dos Magistrados Mineiros, alertou para o respeito às garantias constitucionais em relação aos presos. Segundo ele, é grande a pressão sobre os juízes para que convertam prisões em flagrante em temporárias. “As prisões estão abarrotadas de presos temporários”, alertou, destacando que, em Minas Gerais, da população carcerária total (66 mil), quase metade é formada por presos temporários (30 mil).

Outro representante do Judiciário, Roberto Carvalho Veloso, da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), apontou um paradoxo no sistema brasileiro de combate à violência. “Temos meio milhão de presos e, no entanto, apenas 8% dos homicídios são esclarecidos, e os acusados vão a julgamento”, afirmou.

O presidente da Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal, Marcos Leôncio Ribeiro, defendeu a aprovação do Projeto de Lei (PL) 1594/11, que proíbe a custódia de presos nas delegacias de polícia. “A delegacia tem que ser um local de atendimento ao cidadão, e não um depósito de presos”, afirmou.

Para Marcos Leôncio, também são necessárias alterações legais que facilitem a adoção de penas alternativas; mediação para crimes de baixo poder ofensivo; monitoração de presos por meio eletrônico; e videoconferências para detentos – instrumentos para acelerar os processos judiciais.

Ciclo completo

O presidente da Associação Nacional de Praças, Elisandro Lotin de Souza; o deputado estadual no Maranhão Roberto Campos Filho (PP), conhecido como Cabo Campos, defenderam a adoção do ciclo completo de polícia. Para Souza, a recusa à proposta advém de pressões corporativistas.

O vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luiz Antonio Boudens, também abordou a questão. “Os interesses corporativistas não podem superar a necessidade da sociedade de ter mais segurança”, disse.

Boudens defendeu uma unificação das operações policiais e o fim da designação de policiais para atividades que não sejam o combate ao crime – e citou como exemplo o uso de policiais federais em aeroportos e na fiscalização alfandegária.

Maurício Domingos da Silva, do Movimento Nacional das Guardas Municipais, também cobrou o fim de ações corporativistas e maior colaboração entre as polícias. Ele pediu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 534/02, que regulamenta a atividade das guardas municipais no País.

Já o coronel Winston Coelho Costa, representante da Polícia Militar de Minas Gerais, manifestou-se contra propostas de unificação das polícias Militar e Civil, argumentando que países como a Espanha, a Itália a e a França possuem corporações de PM. Ele defendeu mais investimentos no policiamento de fronteiras e no sistema prisional.

Entre outros, o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em Goiás, Renato Antônio Borges Dias, pediu, por sua vez, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 339/09, que assegura adicional noturno aos policiais e bombeiros.

Deputados defendem auto de resistência e pedem redução da maioridade penal

No encerramento da comissão geral sobre segurança pública no Plenário da Câmara dos Deputados, concluída há pouco, o deputado Delegado Éder Mauro (PSD-PA) criticou tentativas de retirar o auto de resistência do inquérito policial, que trata dos casos em que o criminoso morre durante uma ação policial.

Para o parlamentar, que é policial há 30 anos, os policiais não podem correr o risco de, ao trocar tiros com criminosos, serem eventualmente presos em flagrante. “Bandido bom é bandido morto”, justificou Mauro.

A deputada Keiko Ota (PSB-SP) defendeu a reforma do Código Penal, do Código de Processo Penal e do Estatuto da Criança e do Adolescente, além da redução da maioridade penal. Ela também apoiou a promoção da integração das forças policiais e melhorias salariais para os profissionais de segurança pública.

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) também manifestou apoio à valorização dos profissionais de segurança pública. Ela criticou o governo pela falta de investimentos no setor. “Do total previsto no Orçamento do ano passado, apenas 20% foram gastos”, afirmou. Ela criticou a falta de estrutura no setor de segurança pública e no sistema prisional. “Os delegados, em vez da investigação, estão fazendo a custódia de presos”, disse.

O deputado Delegado Edson Moreira (PTN-MG) disse que a maioria das pessoas nunca viu os crimes cometidos por adolescentes, que em alguns casos são muito graves. “É preciso reduzir a maioridade penal”, disse o parlamentar, que cobrou a revogação do Estatuto do Desarmamento. “Os crimes aumentaram depois dessa lei”, afirmou.

Fonte: Agência Cãmara de Notícias

sábado, 11 de outubro de 2014

Nova bancada da segurança defenderá temas como redução da maioridade penal

Dos 513 deputados federais eleitos para a próxima legislatura, 20 são ligados à área da segurança. Entre eles, há policiais, majores, cabos, militar da reserva, delegado da Polícia Federal e até mesmo apresentador de programa policial.

De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), esses deputados defenderão temas ligados à classe policial, mudanças na legislação penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, reforma do sistema prisional e novas políticas sobre drogas e adolescentes infratores.

Três deputados dessa área foram campeões de votos: no Rio de Janeiro, deputado Jair Bolsonaro (PP), que foi capitão do Exército; no Ceará, ex-deputado Moroni Torgan (DEM), que foi policial federal; e no Distrito Federal, ex-deputado Alberto Fraga (DEM), que foi tenente-coronel da Polícia Militar. No DF, dois dos oito deputados eleitos são policiais: além de Fraga, foi eleito Laerte Bessa (PR), delegado aposentado da Polícia Civil.

Redução da maioridade

Alberto Fraga afirmou que pretende criar uma frente parlamentar para discutir a redução da maioridade penal. "A maior bandeira minha com relação à segurança pública é acabar com essa impunidade do menor, que tem aumentado a cada dia a participação de menores em crimes no Brasil. Vou lutar por essa questão da maioridade penal e atacar as questões do sistema prisional, que precisa ser reformulado e atualizado”, afirmou. Segundo Fraga, a população quer uma segurança pública eficiente e com qualidade.

Impunidade

O cientista político Flávio Brito atribui a votação expressiva desses candidatos a uma percepção de impunidade e de insegurança por parte da população. "Há um senso comum em todo o território nacional de que as penas têm que ser endurecidas e de que a participação de menores em crimes considerados bárbaros tem que ser debatida pela sociedade e pelo Parlamento”, declarou.

Flávio Brito disse também que a discussão na Câmara vai encontrar resistência entre os parlamentares defensores dos direitos humanos, mas, para ele, é papel do Legislativo enfrentar esse debate.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Plenário aprova sistema para acompanhamento da execução de penas

O Plenário aprovou, em sessão extraordinária, o Projeto de Lei 2786/11, do Executivo, que cria um sistema informatizado para registrar dados de acompanhamento da execução de penas. O objetivo é evitar a perda de direitos dos presos, como a progressão de regime ou a liberdade por cumprimento da pena.

Pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, o deputado Efraim Filho (DEM-PB) propôs mudanças ao texto, que foram negociadas com o governo.

Uma delas inclui no sistema a obrigação de registrar o uso de equipamentos de monitoração eletrônica pelos presos. A outra prevê o uso de software livre para a formatação do sistema.

Neste momento, o Plenário analisa o Projeto de Lei 3754/12, do Senado, que garante direitos aos conselheiros tutelares da criança e do adolescente, previstos no ECA (Lei 8.069/90).

Fonte: Agência Câmara de Notícias

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

CPI da Pedofilia encerrou atividades com 14 projetos apresentados; dois já viraram lei

Ao longo de dois anos e nove meses de trabalho (março de 2008 a dezembro de 2010), a CPI da Pedofilia apresentou 14 projetos de lei para punir ou endurecer a punição pela exploração sexual de crianças ou adolescentes. O alvo dessa investigação parlamentar eram abusos praticados por pedófilos e divulgados impunemente pela internet. Do total de propostas, duas já se tornaram lei e outras quatro foram aprovadas pelo Senado e seguiram para a Câmara dos Deputados.

No primeiro ano de funcionamento, foi sancionada a Lei 11.829/08, oriunda do projeto de lei do Senado (PLS) 250/08, que prevê pena de 8 anos de reclusão mais multa pela posse de material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes. A pena é aumentada em um terço se o abusador tiver proximidade ou parentesco com a vítima.

Em 2009, houve outra mudança legislativa como resultado da CPI da Pedofilia: foi sancionada a Lei 12.015/09 (PLS 253/04), que trata dos crimes contra dignidade sexual. A norma incluiu o abuso sexual de menores no rol dos crimes hediondos e estabeleceu pena de 8 a 15 anos de prisão para quem tiver conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menor de 14 anos.

Entre os projetos já aprovados no Senado e em análise na Câmara, está o PLS 126/08, que altera o Estatuto do Estrangeiro para estabelecer nova regra para a prisão preventiva em casos de extradição. Outros dois projetos (PLS 201 e 234, de 2009) modificam dispositivos do Código Penal para agravar a pena dos delitos de incitação e apologia do crime e rever a forma de prescrição dos crimes praticados contra crianças e adolescentes. O PLS 234/09 foi apelidado de Lei Joana Maranhão, em referência à jovem nadadora que teve coragem de relatar caso de abuso sofrido na infância.

Por fim, o PLS 275/08 revisa o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para criminalizar quem se aproveita sexualmente de adolescentes expostos à prostituição ou ao abandono.

Mais cinco propostas elaboradas pela CPI da Pedofilia aguardam votação pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Duas delas já contam, inclusive, com parecer pela aprovação. O PLS 100/10 modifica o ECA para estabelecer a infiltração de policiais na internet para investigar crimes contra a liberdade sexual de criança ou adolescente. Já o PLS 117/09 altera não só o ECA, mas também o Código Penal, a Lei de Prisão Temporária e Lei de Crimes Hediondos para agravar a pena dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor quando cometidos contra criança.

Outro projeto dessa comissão de inquérito em tramitação avançada é o PLS 235/09, que proíbe a concessão de visto a estrangeiro indiciado em outro país pela prática de crime contra a liberdade sexual de criança ou adolescente. Essa matéria já foi aprovada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e aguarda votação pelo Plenário do Senado.

Simone Franco

Agência Senado

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Conselheiros tutelares defendem mudanças na legislação

MP vai buscar entendimento junto à Secretaria Municipal de Governo visando agilizar o envio de projeto à Câmara de Vereadores sobre adequações aos conselhos tutelares

Audiência foi realizada na 3º andar do Ministério Público Estadual (Fotos: Portal Infonet)

A minuta da Lei 8. 069/90 que dispõe sobre a Política Municipal de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente, foi discutida na manhã desta sexta-feira, 5 pelo Núcleo de Apoio à Infância e à Adolescência do Ministério Público de Sergipe. Na audiência presidida pela promotora Míriam Teresa Cardoso, ficou definido que o MPE entrará em contato com a secretária de Governo da Prefeitura de Aracaju, Karla Trindade, na tentativa de saber quando haverá uma resposta à modificação da lei, para que seja enviada à Câmara Municipal de Aracaju.

De acordo com a promotora, a minuta trata de algumas mudanças nos conselhos tutelares visando um melhor atendimento às crianças e adolescentes, a exemplo do número de conselheiros, estrutura, responsabilidade dos conselheiros no cumprimento dos deveres, entre outras.

“As legislações existentes não contemplam todas as questões referentes aos Conselhos Tutelares. Se faz necessário que o Município de Aracaju faça uma minuta de forma integrada a uma única lei. Nós estamos aguardando que a Secretaria Municipal de Governo faça as devidas adequações e envie a lei à Câmara de Vereadores”, ressalta Míriam Teresa.

“Vamos saber o que deve ser feito pela Secretaria de Governo, quanto ao funcionamento dos Conselhos Tutelares a exemplo do horário de funcionamento, pois a lei estabelece que eles devem funcionar das 8h às 12h, mas não contempla os finais de semana e feriados. É preciso transformar as adequações em projeto de lei e enviar à Câmara Municipal de Aracaju para resguardar os direitos às crianças e adolescentes”, destaca a promotora.

Lacunas

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Robson Anselmo, não saiu satisfeito da audiência. “Sinceramente eu esperava mais. Nós estamos lutando há muito tempo pela aprovação. Eu estive em abril na Secretaria de Governo, mas até agora nada foi definido. Existem várias lacunas relativas aos Conselhos Tutelares e a nova lei irá contemplar tudo o que está em aberto a exemplo da Previdência”, afirma.

União

A vereadora Rosângela Santana (PT) participou da reunião. “Essa união de forças busca melhorar o atendimento às nossas crianças e adolescentes. Vamos ouvir a Secretaria Municipal de Governo sobre o assunto. É pertinente que o projeto chegue à Câmara de forma que os vereadores possam votar sem divergências”, entende a vereadora.

Participaram ainda da audiência, a representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Sergipe, Aryadne Bohrer, além de conselheiros tutelares. A secretária Karla Trindade não comparaceu.

Aldaci de Souza

Fonte: Portal Infonet

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Caminhada marca enfretamento à violência sexual no próximo domingo

Para fortalecer a rede de garantias de direitos para infância e adolescência e integrar as ações de enfretamento à violência sexual em Sergipe, o Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes realizará uma grande mobilização no próximo domingo, 16. A ação começa às 9 horas com uma 'Blitz' em frente aos arcos da Orla de Atalaia e, às 11 horas, uma marcha em direção a Passarela do Caranguejo.

“A caminhada é alusiva ao dia 18 de maio (Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes) e tem o intuito de promover ações educativas à conscientização da prevenção, atendimento e acompanhamento do desenvolvimento da sexualidade de forma segura, saudável e protegida”, explica o coordenador do Comitê, Danival Falcão.

O evento também contará com a distribuição de panfletos e adesivos, e promoverá a prevenção e enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Participarão da caminhada os membros do Comitê, conselheiros estaduais e municipais do Direito da Criança e do Adolescente, conselheiros tutelares, gestores municipais e estaduais, além da sociedade em geral.

Com os slogans 'Esquecer é permitir, lembrar é combater' e 'Exploração sexual de crianças e adolescentes não é brincadeira é crime!', a mobilização tem como iniciativa criar uma aliança com a sociedade e uma rede para lutar pelo fim da violência sexual e pela garantia dos direitos das crianças e adolescentes, como pessoas em desenvolvimento singular, com prioridade absoluta e protegidos pela Doutrina de Proteção Integral, preconizados pelo ECA.

A intenção do dia 18 de maio é destacar a data para mobilizar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta. Para denunciar casos de violência contra crianças e adolescentes existem o Disque-Denúncia Nacional (100) e o Disque-Denúncia Estadual (3213-7000).

Programação de Sergipe

Durante todo o mês de maio serão realizadas blitz, caminhadas, panfletagens, palestras, Lançamento do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e o II Fórum Municipal de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Além de Aracaju, farão parte dessa programação os municípios de Umbaúba, Nossa Senhora das Dores, Barra dos Coqueiros, Estância, Tobias Barreto, Nossa Senhora do Socorro, Boquim e Lagarto.

Nesta quinta-feira, 13, às 13 horas, acontece no Aruana Eco Parque a abertura do Ciclo de Palestras 'Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Turismo’. O evento é uma parceria da Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur) e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.

No dia 18 o Ministério Público realiza uma série de atividades e no próximo dia 24 o Comitê Estadual lança o Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.

Histórico

Em julho de 2010, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 20 anos. Esse dia foi escolhido porque no dia 18 de maio de 1973, em Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o 'Crime Araceli'. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta. Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune.

Das 205 notificações de vítimas residentes em Aracaju, 101 são do sexo masculino, 101 do sexo feminino e 3 não informados (RN sem registro civil). Quanto ao tipo de violência, os registros apontam 63% por negligência, 7% sexual, 5% física; 5% síndromes não especificadas; 4% física e negligência; 4% negligência e psicológica e um óbito por trabalho infantil, dentre outras combinações.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

terça-feira, 27 de abril de 2010

Profissionais da Renascer iniciam nova fase de capacitações


Agentes de segurança em medida socioeducativa, instrutores e orientadores sociais (psicólogos, assistentes sociais e pedagogos) iniciaram nesta segunda-feira, 26, mais uma etapa da capacitação que, desde o final do ano passado, vem sendo oferecida pela Fundação Renascer.

As aulas do curso de Controle de Procedimentos em Unidades Socioeducativas estão sendo realizadas em dois turnos na sede do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), através de um parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Sergipe (Fapese).

No curso, os servidores da Fundação Renascer vão aprender Noções de Direito Constitucional, Estatuto da Criança e do Adolescente, Uso Progressivo da Força, Defesa Pessoal, Técnicas de Abordagens, Direitos Humanos, Gerenciamento de Crises, Noções de Direito Penal, Técnicas de Escolta, Atividades Sociopedagógicas de Caráter Educativo, Técnicas de Utilização do Bastão Tonfa, Prevenção e Combate ao Uso de Drogas, Uso de Equipamentos de Proteção Individual e Armamentos Não-Letais.

Segundo o diretor-presidente da Fundação Renascer, Gicelmo Albuquerque, o curso é mais um compromisso firmado com os servidores e cumprido pelo Governo do Estado através da Fundação e da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides).

A meta é capacitar 200 servidores, entre agentes de segurança, instrutores e orientadores sociais para que possam desempenhar o trabalho socioeducativo com eficiência, oferecendo um atendimento diferenciado. Gicelmo lembrou que o curso foi dividido em cinco turmas para não atrapalhar a realização das atividades nas unidades socioeducativas.

Já o coordenador da capacitação, o tenente-coronel Edmilson Batista Barros, ressaltou que, ao final das aulas, os participantes estarão melhor preparados para gerenciar conflitos e atuar em situações de crise. “Parte das disciplinas que compõem o curso foram sugeridas pelos agentes de medidas socioeducativas, o que demonstra que ele é voltado para suprir deficiências identificadas pela categoria”, ressaltou.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Professores de Aracaju e Capela participam de oficina do Salve

A iniciativa pretende construir o Planejamento Estratégico Participativo Rotinas e Problemas, no tocante à violência praticada contra meninos e meninas.

Professores da Rede Pública Estadual de Ensino dos municípios Capela e Aracaju participarão nos próximos dias 14 e 15, respectivamente, das Oficinas de Devolução do Sistema de Aviso Legal por Violência e Exploração contra a Criança e o Adolescente (Salve) promovida pela Secretaria de Estado da Educação (SEED). A iniciativa pretende construir o Planejamento Estratégico Participativo Rotinas e Problemas, no tocante à violência praticada contra meninos e meninas.

Durante as oficinas, serão formados grupos de trabalhos que irão desenvolver uma ampla discussão sobre os problemas percebidos durante os cursos de capacitação já realizadas nesses municípios e que comprometem os noticiamentos de casos de violência contra crianças e adolescentes.

A ocasião também será propícia para discutir o papel da escola no enfrentamento à violência contra a população infanto-juvenil e construir planos de ação a serem desenvolvidas nas instituições de ensino. A intenção é que sejam adotadas no cotidiano das atividades educacionais meios eficazes para melhorar o trabalho de combate à violência e a efetivação do noticiamento por meio do Salve. Tal planejamento estratégico será elaborado respeitando as peculiaridades de cada ambiente, como os recursos humanos disponíveis e as demandas apresentadas.

As Oficinas de Devolução do Salve serão norteadas pelas temáticas da violência doméstica, violência sexual e violência psicológica através de discussões a cerca de como essas questões podem ser trabalhadas nas unidades escolares e como a escola pode contribuir com a prevenção e repressão a esses tipos de crimes contra crianças e adolescentes.

Em Capela, a oficina acontecerá no Colégio Irmã Maria Clemência, já em Aracaju, os professores se reunirão no Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto. Os educadores serão acompanhados pela equipe Técnica de Orientação e Promoção das Oficinas.

Sobre o Salve - É uma iniciativa do Núcleo de Apoio à Infância e à Adolescência (Naia), do Ministério Público Estadual (MPE), em parceria com a SEED e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), que visa estimular o cumprimento da determinação do artigo 245 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), segundo o qual profissionais das áreas de educação e saúde têm a obrigação de notificar e encaminhar aos órgãos competentes casos ou suspeitas de violência contra meninas e meninos.

Fonte: Instituto Recriando

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