Na manhã desta segunda-feira, 4, durante audiência no Ministério Público Estadual (MPE) promotores questionaram o papel do Hospital da Polícia Militar (HPM). De acordo com o promotor da saúde, Nilzir Soares Vieira Júnior, o MPE tomou conhecimento de várias denúncias envolvendo favorecimento com quebra de princípio da igualdade e de atendimento por cortesia e particular.
“A CGE [Controladoria Geral do Estado] está realizando uma auditoria no hospital onde verifica o funcionamento e a correta aplicação dos recursos públicos. Até que se apurem esses fatos, nós estamos pedindo a imediata suspensão do atendimento particular e por cortesia”, afirma.
O promotor ressaltou ainda que o entendimento do Ministério Público é que o hospital seja conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e que o atendimento seja ampliado a outros
Diretor do hospital diz que várias tentativas de credenciamento foram feitas |
“Nesses dois meses, o hospital vai continuar atendendo a militares credenciados ao Ipes, militares que não possuem o convênio e seus dependentes na forma na lei”, frisa Nilzir Soares, que menciona ainda que por lei o hospital pode fazer este atendimento e que os recursos seriam baseados em um repasse feito pelo Estado. “Se não me engano o repasse feito pelo Estado é de R$70 mil”, diz.
O diretor do HPM, coronel Adalmir, preferiu não falar com a imprensa, disse apenas que até 2006 o hospital era credenciado ao SUS e que após esse período foram feitas várias tentativas para voltar
MPE entende que hospital deveria ser credenciado ao SUS e ampliar oferta de atendimento |
O coronel Adalmir lembrou que o hospital atende somente 5% de pacientes particulares e que o restante é de usuários do Ipes. Sobre a auditória realizada pela CGE, o coronel disse que já foi encaminhado para a controladoria mais de mil documentos.
O promotor disse que o relatório da CGE deverá ficar pronto até junho desse ano e por isso, remarcou uma nova audiência para acontecer no dia 6 de junho ás 9h no Ministério Público.
Por Kátia Susanna
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