quarta-feira, 6 de abril de 2011

Hospital da Polícia Militar passa por auditoria da CGE

De acordo com o Ministério Público denúncias de favorecimento e irregularidades chegaram ao órgão que pediu a suspensão de atendimento de cortesia ou particular na unidade


Na manhã desta segunda-feira, 4, durante audiência no Ministério Público Estadual (MPE) promotores questionaram o papel do Hospital da Polícia Militar (HPM). De acordo com o promotor da saúde, Nilzir Soares Vieira Júnior, o MPE tomou conhecimento de várias denúncias envolvendo favorecimento com quebra de princípio da igualdade e de atendimento por cortesia e particular.

“A CGE [Controladoria Geral do Estado] está realizando uma auditoria no hospital onde verifica o funcionamento e a correta aplicação dos recursos públicos. Até que se apurem esses fatos, nós estamos pedindo a imediata suspensão do atendimento particular e por cortesia”, afirma.

O promotor ressaltou ainda que o entendimento do Ministério Público é que o hospital seja conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e que o atendimento seja ampliado a outros

Diretor do hospital diz que várias tentativas de credenciamento foram feitas
pacientes. “No atual quadro de fragilidade do sistema, entendemos pela necessidade do recredenciamento ao SUS, funcionando como retaguarda na parte cirúrgica”, diz o promotor, que esclarece que essas questões serão tratadas apenas o relatório da CGE.

“Nesses dois meses, o hospital vai continuar atendendo a militares credenciados ao Ipes, militares que não possuem o convênio e seus dependentes na forma na lei”, frisa Nilzir Soares, que menciona ainda que por lei o hospital pode fazer este atendimento e que os recursos seriam baseados em um repasse feito pelo Estado. “Se não me engano o repasse feito pelo Estado é de R$70 mil”, diz.

O diretor do HPM, coronel Adalmir, preferiu não falar com a imprensa, disse apenas que até 2006 o hospital era credenciado ao SUS e que após esse período foram feitas várias tentativas para voltar

MPE entende que hospital deveria ser credenciado ao SUS e ampliar oferta de atendimento
ao credenciamento. “Assumi em maio de 2009 e levei vários ofícios para o município, mas não obtive resposta, não temos interesse em não firmar esse convênio porque é melhor ser credenciado ao SUS e receber alguma coisa a não ter que receber nada”, menciona.

O coronel Adalmir lembrou que o hospital atende somente 5% de pacientes particulares e que o restante é de usuários do Ipes. Sobre a auditória realizada pela CGE, o coronel disse que já foi encaminhado para a controladoria mais de mil documentos.

O promotor disse que o relatório da CGE deverá ficar pronto até junho desse ano e por isso, remarcou uma nova audiência para acontecer no dia 6 de junho ás 9h no Ministério Público.

Por Kátia Susanna


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