Há alguns dias a imprensa vem dando conta de certa insatisfação entre coronéis da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), apontada para o modo de condução da crise que se arrasta na segurança pública do estado. De acordo com o Estadão, “os coronéis foram muito críticos em relação à gestão do atual comandante-geral da PM, Roberval Ferreira França, por causa de seu estilo de comando, considerado imperial por muitos deles”. Tão logo boatos do tipo começaram a surgir, o Governador Alckmin nomeou um novo secretário de segurança pública, tentando dar novos ares à gestão da crise.
Mudado o secretário, logo foram anunciados novos chefes das polícias estaduais: na Polícia Civil, assumiu Luiz Mauricio Blazeck como delegado-geral, na PMESP, o coronel Benedito Roberto Meira passa a conduzir o comando geral. Ambos assumem as corporações em momento de fragilidade institucional: policiais militares sendo mortos, policiais militares matando, homicídios em escala crescente e não elucidados.
Embora o contexto exija cumplicidade dos chefes das polícias com suas tropas, com simultâneo rigor que garanta a não perpetuação de ações que aprofundem a crise, há muitos questionamentos sobre a solidariedade do governo e dos comandos, principalmente na Polícia Militar, que sofreu redução salarial em virtude de um recurso na Justiça deflagrado pela Procuradoria do Estado:
Não parece pequeno o desafio do novo comandante da PM de São Paulo, que dificilmente conseguirá superar a crise que, se já é grave com os assassinatos de policiais, chega a patamar extremo com o sentimento arraigado na tropa de descaso do governo com seus homens e mulheres. Não à toa, a Associação de Cabos e Soldados da corporação emitiu uma nota com a seguinte conclusão: “A insensibilidade dos fortes provocará a revolta dos fracos”.
Talvez seja este o principal anseio dos policiais militares de São Paulo no momento: atenção a suas demandas, valorização às suas humanidade, proteção aos seus direitos. Sem isso, a tropa sentir-se-á ao “Deus dará”.
Mudado o secretário, logo foram anunciados novos chefes das polícias estaduais: na Polícia Civil, assumiu Luiz Mauricio Blazeck como delegado-geral, na PMESP, o coronel Benedito Roberto Meira passa a conduzir o comando geral. Ambos assumem as corporações em momento de fragilidade institucional: policiais militares sendo mortos, policiais militares matando, homicídios em escala crescente e não elucidados.
Embora o contexto exija cumplicidade dos chefes das polícias com suas tropas, com simultâneo rigor que garanta a não perpetuação de ações que aprofundem a crise, há muitos questionamentos sobre a solidariedade do governo e dos comandos, principalmente na Polícia Militar, que sofreu redução salarial em virtude de um recurso na Justiça deflagrado pela Procuradoria do Estado:
O problema não é apenas o fato de os PMs terem se tornado alvo de ações do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou a possível reação de policiais que estariam por trás de ações de extermínio na periferia. O imbróglio envolve também uma ação da Procuradoria do Estado no Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma decisão da Justiça de São Paulo que beneficiava os PMs, mudando a forma de cálculo de seus vencimentos.
A procuradoria obteve no STF uma liminar que fez com que cerca de 70 mil PMs tivessem seus rendimentos cortados em 5% a 20% no último mês. “Houve quem falasse em greve no meu batalhão. Como explicar esse corte de salário para uma tropa que teve policial assassinado pelos criminosos?”, disse um dos coronéis ouvidos pelo Estado.
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Não parece pequeno o desafio do novo comandante da PM de São Paulo, que dificilmente conseguirá superar a crise que, se já é grave com os assassinatos de policiais, chega a patamar extremo com o sentimento arraigado na tropa de descaso do governo com seus homens e mulheres. Não à toa, a Associação de Cabos e Soldados da corporação emitiu uma nota com a seguinte conclusão: “A insensibilidade dos fortes provocará a revolta dos fracos”.
Talvez seja este o principal anseio dos policiais militares de São Paulo no momento: atenção a suas demandas, valorização às suas humanidade, proteção aos seus direitos. Sem isso, a tropa sentir-se-á ao “Deus dará”.
Fonte: Abordagem Policial
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