quinta-feira, 4 de abril de 2013

Entre a cruz e a espada: PMs ‘proibidos’ de prestar socorro são criticados porque cumpriram a determinação

E se a polícia deixar de socorrer algum parente seu, leitor? E se a polícia for orientada a justamente não prestar esse socorro? É, o assunto é complicado mesmo. E somente quando a sociedade sente ‘na pele’ é que, quem sabe, começa a entender uma das inúmeras ordens esquisitas impostas aos profissionais da segurança pública.

A matéria abaixo é do site Conjur. Leia-a e tente você entender a situação...

Na última quarta-feira (28/3), moradores da comunidade de Brasilândia, Zona Norte da capital paulista, entraram em confronto com policiais militar após os PMs se recusarem a permitir o socorro a jovens baleados. Segundo publicado pelo jornal Agora, Este foi o maior incidente envolvendo a corporação desde janeiro deste ano, quando entrou em vigor uma resolução da Secretaria da Segurança Pública proibindo a PM de transportar feridos. Pela norma, os policiais devem preservar o local e acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Os moradores ficaram revoltados porque, segundo eles, os policiais não prestaram socorro e impediam que outras pessoas o fizessem. Moradores relatam que, em resposta à chuva de pedras, os PMs fizeram disparos para cima. Não há registro de feridos.

Uma enfermeira do hospital estadual de Vila Nova Cachoeirinha, também na zona norte, disse que um menino de 14 anos que morreu baleado poderia ter sobrevivido se o atendimento fosse mais rápido.

No mês passado, o Ministério Público Estadual enviou recomendação ao secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, para que alterasse a resolução. A Promotoria quer que os PMs sejam orientados sobre a obrigação em prestar os primeiros socorros, independentemente da proibição em transportar o ferido.

Fonte: Paraíba no QAP

Um comentário:

  1. "Embora o argumento do “socorro especializado” tenha sido utilizado à época como motivo para a proibição, a causa principal da medida, sabida por todos, era que não mais ocorressem casos de mortes injustas durante “conflitos” entre policiais e suspeitos com a descaracterização da cena do crime. O resultado foi que, no primeiro mês após a norma, houve uma redução de 23% na letalidade da PM paulista."


    http://abordagempolicial.com/2013/04/proibicao-de-prestacao-de-socorro-gera-crise-na-pmesp/

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