segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Dilma defende ações sociais; grupos pedem desmilitarização da PM

A presidente Dilma Rousseff discursou nesta quinta-feira a um público diverso presente à cerimônia de entrega do Prêmio Direitos Humanos e enumerou ações do governo voltadas para a população mais vulnerável.

Dilma também lembrou o período de resistência à ditadura militar e o período em que foi torturada. Na avaliação da presidente, "a trajetória de luta e resistência contra a ditadura" e "a trajetória de defesa de todos aqueles que lutaram pela democracia" exigem que o governo trabalhe pela afirmação dos direitos humanos. A presidente condenou práticas de tortura contra qualquer cidadão e citou avanços nesse sentido.

"Eu, que experimentei a tortura, sei o que ela significa de desrespeito à mais elementar condição de humanidade de uma pessoa. Estamos determinados a mudar esse quadro", afirmou a presidente, que, durante a cerimônia, assinou regulamentação da lei que institui o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. "O Estado brasileiro não aceita nem aceitará práticas de tortura contra qualquer cidadão", acrescentou.

Dilma citou, entre outros, o Mais Médicos, voltado principalmente para regiões afastadas dos grandes centros, e o Juventude Viva, de combate à violência contra os jovens negros. "Assumimos compromissos claros para inclusão social, econômica e cidadania de todos os brasileiros", afirmou Dilma, que também mencionou a ações afirmativas para o combate ao preconceito racial. "O Brasil exige e necessita de políticas afirmativas para superar de vez o preconceito e a discriminação racial", disse.

Polícia

Integrantes de movimentos sociais presentes à entrega do prêmio aproveitaram a presença da presidente e de vários ministros, inclusive o da Justiça, para pedir a desmilitarização da Polícia Militar.

Além dos gritos provenientes da plateia, Dilma ouviu a reivindicação também de Debora Maria da Silva, uma das homenageadas na premiação que teve o direito de falar no microfone, em cima do palco, ao lado da chefe de Estado.

"Presidenta, a senhora é uma mulher, uma mãe, uma avó. Tenho certeza que essa reparação emergencial é necessária", disse Debora. Ela é fundadora do Movimento Mães de Maio, "uma rede de mães, famílias e amigos vítimas da violência do Estado", segundo diz o perfil publicado em uma revista oficial da premiação.
Fonte: Revista Valor Econômico

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