quinta-feira, 1 de maio de 2014

Se o espírito for fraco, até o espírito adoece diz PM

Foto: Arquivo Aspra

Me refiro ao alto poder destrutivo do militarismo, enquanto novo na idade e novato na profissão o militar não percebe, mas com o passar dos anos é inevitável o profissional militar não perceber os malefícios da profissão.

Aos cinquenta anos de idade e vinte e três de profissão, chegou para mim o peso que impõe sobre o ser humano, a arcaica e maléfica legislação militar.

A farda que outrora era motivo de orgulho, se torna um objeto de insatisfação, fadiga, desmotivação, baixa autoestima e perturbação familiar, claro que isso ocorre dentro do nível mais baixo das corporações militares, ou seja, entre as praças.

Nas instituições civis quando o profissional adoece, se afasta do serviço e trata-se com liberdade para ficar curado, nas instituições militares, começa o tratamento debaixo da pressão dos gestores para que o militar fique logo curado, o doente é considerado alguém que ficou doente para não trabalhar, dificulta-se até o afastamento do moribundo, pois os médicos de fora das instituições militares tem que receber o aval do médico militar para afastar um paciente assistido pelos mesmos, detalhe, nem sempre da mesma especialidade.

Em instituições civis por exemplo, problemas com o alcoolismo é tratado como doença, nas instituições militares profissionais com esse tipo de problema são tratados como alcoólatras irresponsáveis e são logo abertos processos administrativos para demiti-los, claro se for do baixo clero.

A profissão Policial Militar é considerada uma das mais estressantes do mundo, porém ao primeiro sinal de estresse ou depressão, o militar se torna inimigo da corporação, o malandro que não quer trabalhar.

De tantas injustiças e maldades triunfarem nas corporações militares, se indivíduo não for forte, até o espírito adoece. Antes que perguntem se já não era sabido que o militarismo é assim, respondo, sim sabíamos, não quer dizer que tenhamos que concordar e não tentar melhorar o ambiente no qual trabalhamos.

Alguém um dia disse isso, “ Não é porque eu lhe presenteei com um instrumento musical, que você terá que tocar apenas a música que eu pedir”

Fique com Deus, abraço.

Edgard Menezes (cidadão brasileiro)

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