A Apeam também declarou que a greve vai atingir os 62
municípios do Amazonas, também por tempo indeterminado – foto: Joandres Xavier
Praças da Polícia Militar entraram em greve, por tempo
indeterminado, nesta quarta-feira (14), após serem informados que a reunião
marcada com o governador José Melo (PROS), prevista para a tarde de hoje,
juntamente com os servidores da Polícia Civil, havia sido
cancelada. No sábado (10), os servidores aprovaram o
indicativo de greve durante assembleia realizada pelos policiais.
Após o
comunicado, aproximadamente 300 servidores fizeram uma manifestação em frente à
reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na Djalma Batista, onde o
encontro com o governador ocorreria às 15h, para definir as reivindicações da
categoria , que está em pauta desde abril de 2014.
De acordo com o presidente da Associação dos Praças do
Estado do Amazonas (Apeam), Gerson Feitosa, com o não comparecimento de José
Melo, só restou à categoria entrar em consenso de greve. “A decisão pela
paralisação das atividades foi analisada, tendo em vista que o cumprimento dos
compromissos do Governo com os praças já vinham se arrastando há anos e nada
era feito”, disse.
Feitosa disse ainda que 40% do efetivo dos praças, que
estavam atuando no momento da adesão à greve, será informado sobre o
posicionamento da categoria e poderá, também, aderir à paralisação ainda no 2°
turno de hoje.
A Apeam também declarou que a greve vai atingir os 62
municípios do Amazonas, também por tempo indeterminado.
Os sindicalistas declararam que estão à disposição do
Governo do Estado para discutir soluções para que possam abandonar o movimento de
greve. “Não queremos causar problemas. Queremos solução para garantir nossos
direitos que não estão sendo cumpridos”, disse Gerson Feitosa.
O presidente do Sindicato dos Escrivães e Investigadores da
Polícia Civil do Amazonas (Sindeipol), Rômulo Valente, afirmou que o Sindeipol
também está em greve e que, entre as pautas de reivindicações dos servidores
estão a reposição da data base da categoria, que estava prevista para orçamento
deste ano e não foi efetivada; a promoção de patente, que é aguardada desde o
ano passado, entre outros.
Após a manifestação, os servidores seguiram rumo à
Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Zona Centro Sul, onde
prometeram permanecer aquartelados até o Governo entrar em negociação.
A comunicação da Apeam informou que, após um pequeno tumulto
em frente à casa legislativa, os servidores conseguiram autorização do
presidente da Aleam, deputado Josué Neto, para entrar no prédio. Os
manifestantes entraram sem depredar a estrutura do local e disseram ainda que
iriam permanecer lá por toda noite e a madrugada.
A reportagem entrou em contato com a comunicação da Casa
Civil para obter resposta do Governo do Estado sobre o assunto, mas não obteve
resposta.
O movimento também causou grande retenção no trânsito local.
Sinpol-AM
Em nota, o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do
Amazonas (Sinpol-AM), afirmou que “a reunião marcada com o Governador
José Melo foi adiada porque o secretário de segurança precisou se ausentar do
Estado em atendimento ao chamado da secretaria nacional de segurança pública,
na data de hoje. No entanto, reiterou que a reunião está marcada para a
quinta-feira (22), às 15h, com as entidades oficiais e que o SINPOL-AM se fará
presente por meio de sua diretoria.”
A diretoria do Sinpol- AM também afirmou que as
“manifestações ou ameaças de paralisação ou greve não tem reconhecimento do
sindicato, assim como, as pessoas que usurparam o nome da classe não
representam a Policia Civil do Estado do Amazonas, sendo, portanto, falaciosa
qualquer informação que não tenha sido emitida de forma oficial pelo
SINPOL-AM”.
Por Joandres Xavier
Fonte: Portal Em Tempo
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