Policiais da CPTur
Policiais Militares da Companhia de Policiamento Turístico (Cptur) foram ouvidos na manhã desta terça-feira, 14, na 6° Vara Criminal no Fórum Gumersindo Bessa, por conta da recusa de dirigir viaturas, no início deste ano.
A situação, que foi noticiada pelo Portal Infonet no último dia 3 de Fevereiro, evidenciava ainda a questão da mudança na escala e a transferência de alguns militares para outros batalhões no interior do Estado.
De acordo com alguns policiais que foram depor, a recusa para dirigir as viaturas se deu por conta da ausência de qualificação. “Não cometemos nenhum tipo de crime, apenas não dirigimos as viaturas porque não temos o curso de Direção de Veículo de Emergência, agora estamos sendo julgados e processados”, desabafa um dos policiais que, temendo represálias, preferiu não ser identificado.
A situação, que foi noticiada pelo Portal Infonet no último dia 3 de Fevereiro, evidenciava ainda a questão da mudança na escala e a transferência de alguns militares para outros batalhões no interior do Estado.
De acordo com alguns policiais que foram depor, a recusa para dirigir as viaturas se deu por conta da ausência de qualificação. “Não cometemos nenhum tipo de crime, apenas não dirigimos as viaturas porque não temos o curso de Direção de Veículo de Emergência, agora estamos sendo julgados e processados”, desabafa um dos policiais que, temendo represálias, preferiu não ser identificado.
Fórum Gumercindo Bessa
Ainda de acordo com o militar, na ocasião existiu uma conversa com o Comando Geral, onde ficou acordada a implantação do curso. “Logo depois fomos chamados para essa conversa onde eles colocaram que iriam implantar o curso, então voltamos a dirigir as viaturas e hoje alguns dos policiais já fazem o curso”, explica.
Desabafo
Com medo de serem expulsos da corporação, os militares protestaram contra a situação que estão sendo expostos. “Hoje estamos aqui como se fôssemos bandidos, correndo risco de sermos condenados e presos, além de expulsos da corporação, já que a tentativa da acusação é alegar que fizemos um motim. Deixo bem claro que não deixamos de trabalhar, apenas realizamos nosso trabalho a pé”, afirma um dos militares.
Ainda na próxima quinta-feira, 16, mais seis militares serão ouvidos a respeito do caso. “É um total de 19 policiais militares e hoje foram ouvidos 11. Quero só ressaltar que nenhum dos 19 policiais tem algum tipo de processo ou ficha suja. Somos todos pessoas de bem e uma das companhias mais elogiadas não só pela própria polícia Militar, como também pela sociedade em geral”, salienta.
Advogado
O advogado Márlio Damasceno, que defende dois militares no processo, ressalta que os policiais se recusaram a dirigir as viaturas porque não possuem o curso de direção de veículos de emergência. De acordo com o advogado o curso é obrigatório e está previsto no código de trânsito.
“A verdade é que somente agora alguns militares começaram a fazer esse curso, o que é uma afronta ao Código de Trânsito. Acredito que seja uma falta de conhecimento do comando da legislação. Essa falha não vem somente desse comando. Muitos policiais continuam trabalhando ilegalmente. É uma ordem ilegal, dirigir uma viatura militar ou veículo de emergência sem o curso”, destaca o advogado, completando que muitos policiais foram acusados de ter não terem trabalhado.
"Os policiais se recusaram a dirigir por conta da falta do curso, mas todos eles trabalharam normalmente realizando o policiamento ostensivo a pé", ressalta Márlio Damasceno.
Comando Geral
De acordo com o assessor de comunicação da Polícia Militar, capitão Robson Donato, na época do fato a polícia vislumbrou que a atitude no mínimo se caracterizava prática de crime militar. “A partir daí foi instaurado um inquérito e no final o resultado desse inquérito foi remetido à Auditoria Militar, com isso é o Ministério Público que vai ou não denunciar. Se ele achar que não houve crime pede-se o arquivamento, caso contrário ele será julgado. Agora isso corre por conta da Justiça Militar, o comando não tem mais envolvimento”, explica o assessor de comunicação.
Fonte: Portal Infonet
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Para saber mais
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