sábado, 12 de janeiro de 2013

Texto sobre assembleia geral dos militares, por Anderson Araújo, vice-presidente da Aspra/SE

A assembleia geral realizada hoje pelos militares na sede da Assomise, no meu entender, foi proveitosa, apesar do número de militares participantes ainda não ser tão grande (fato que decorre de uma série de fatores e que deverá ser revertido com o tempo conforme os acontecimentos). Porém, se não tinha grande quantidade de pessoas, teve qualidade no debate, já que os militares que compareceram discutiram ativamente com o capitão Samuel Barreto e com as lideranças de associações presentes os pontos polêmicos do novo Código de Ética e Disciplina, a fim de melhorarem a proposta que se encontra na Assembleia Legislativa de Sergipe.

Um ponto elencado pelo major Adriano Reis merece ser destacado. Não fosse o fato de hoje nós termos um deputado militar na ALESE, e desse deputado ter atuado fortemente no sentido de barrar naquela Casa a aprovação deste Código conforme a proposta que foi enviada pelo Governo - proposta esta muito antidemocrática, frise-se - nós sequer estaríamos reunidos ali para discutir alterações na proposta.

Como dito pelo capitão Samuel o espaço para discutirmos as melhorias para a nossa categoria é nas nossas assembleias. As críticas ao deputado ou a qualquer associação são um direito de qualquer um que discorde da atuação desta ou daquela pessoa ou entidade, mas penso que no momento de buscarmos nossas melhorias, devemos todos marchar juntos numa só direção. Os que simplesmente para queimar o capitão Samuel ou as associações que continuam ao seu lado se empenham em tentar desqualificar uma assembleia ou qualquer ato por estes realizado, não apenas atacam o deputado ou as associações, mas desrespeitam principalmente aqueles que acreditam que as mudanças são possíveis e que dependem da nossa união. Aqueles que saíram de suas casas para discutir um assunto que é do interesse de todos nós não merecem ser criticados por isso, ao contrário, são dignos do nosso respeito e elogios, pois demonstram que estão preocupados em participar da construção de um futuro melhor pra todos nós.

Tentar desqualificar qualquer ato coletivo da nossa categoria, seja uma assembleia, uma reunião ou qualquer outro, é prestar um desserviço à categoria, é trabalhar contra nós mesmos. Atuar como X9 em uma assembleia passando informações e fotos para outras pessoas com o intuito de tentar desmoralizar quem está à frente não atinge somente o seu alvo, mas enfraquece toda a categoria na medida em que nós mesmos reforçamos publicamente a tese defendida pelo governo de que somos desunidos, desorganizados e não sabemos o que queremos.

É preciso repensar. Ainda há muito a conquistar, muito a melhorar, mas se continuarmos num processo de autofagia, como bem dizia o coronel Péricles, nunca chegaremos a lugar nenhum.

Texto publicado pelo sargento Anderson Araújo no grupo da Aspra Sergipe no Facebook.

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