terça-feira, 29 de outubro de 2013

Contra ataque: Comando da PM abre IPM contra presidente da ASSMAL

Subtenente Teobaldo

O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), subtenente Teobaldo de Almeida, irá responder Inquérito Policial Militar (IPM) sob a acusação de crime militar contra a Administração Pública Militar.

Teobaldo foi um dos lideres da tropa durante manifestação na frente da Secretaria de Gestão Pública (Segesp), no Centro de Maceió, no último dia 8 de fevereiro.
Ele será ouvido na segunda-feira, (28), por um corregedor da PM, a partir das 13h na sede do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), no bairro do Vergel do Lago, orla lagunar de Capital. 

Na opinião do subtenente a medida punitiva por parte do alto comando, que acata ordens do Governo, é enfraquecer o movimento reivindicatório marcado para o dia 30, quando todas as categorias da Polícia Militar vão as ruas para cobrar o indicativo de proposta sobre o realinhamento da tropa, a Lei de Promoção e a proposta de lei que institui o Serviço Voluntário Remunerado e definição da carga horária de trabalho. 

“É no mínimo estranho o IPM aparecer justamente no momento em que voltamos a nos mobilizar. O curioso também é que em fevereiro – durante as mobilizações da categoria – o próprio comandante da PM designou uma comissão formada por oficiais (coronel Ivon Berto, coronel Ricardo e o subcomandante da PM, coronel Mário da Hora) para acompanhar as negociações das associações militares e a Segesp. Realizamos – inclusive – algumas reuniões no próprio comando da PM. Com o IPM fica clara a intenção de reprimir o movimento justo e legal”, informou o presidente à entidade. 

Ainda de acordo com o Subtenente Teobaldo de Almeida, os policiais e bombeiros lutam por valorização profissional e a implantação do realinhamento da tabela de subsídio, esta prometida para dezembro de 2012. 

“Faz pelo menos 120 dias que o Governo de Alagoas fechou qualquer canal de negociação que tenha a finalidade de cumprir os acordos entre as entidades de classe e a Segesp. A promessa do Governo era aplicar o realinhamento da tabela de subsídios de cabo a coronel em dezembro do ano passado. Este ano, tentamos o diálogo com algumas reuniões com o Governo, mas não houve avanço nas negociações. Por isso, estamos retornando as mobilizações”, disse subtenente Teobaldo.

NOTA: A Aspra Sergipe manifesta sua solidariedade ao companheiro Subtenente Teobaldo, mais um entre tantos militares que responderá a um Inquérito Policial Militar por se manifestar em defesa dos direitos de uma classe esquecida pelas autoridades, apesar de sua importância. O mais lamentável é que por vezes os que mais se empenham em punir são exatamente aqueles que se beneficiam das conquistas obtidas em decorrência da coragem dos que ousam lutar.

Fonte: Assmal

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