Hospital tem deficiência por falta de equipamentos e pessoal
Problemas do HPM foram debatidos em audiências públicas no MPE (Fotos: Arquivo Infonet) |
A promotora de justiça Euza Missano, da Promotoria dos Direitos à Saúde do Ministério Público Estadual (MPE), pedirá posição do Poder Judiciário quanto à ação civil pública movida pelo órgão para adequar o Hospital da Polícia Militar (HPM) a corrigir as irregularidades, detectadas a partir de denúncias de servidores.
De acordo com a ação, a estrutura do HPM tem valor significativo, mas
há subutilização devido aos problemas detectados, que envolvem falta de
equipamentos e de pessoal. A ação civil pública foi ajuizada em outubro
do ano passado, com pedido de liminar, mas até o momento o Poder
Judiciário ainda não se manifestou. Na ação, a promotora de justiça pede
providências, em prazo máximo de 60 dias, para o Estado adotar medidas
para corrigir as irregularidades e pede aplicação de multa diária no
valor de R$ 10 mil para caso de descumprimento.
A promotora destaca que o HPM é dotado de seis UTIs, mas apenas duas
estão em funcionamento, assim como também é considerado frágil o
funcionamento do Centro Cirúrgico, não há Pronto Socorro, e há vários
equipamentos com problemas devido à falta de manutenção.
HPM estrutura elogiada, mas subutilizada |
A promotora reconhece que os problemas só serão corrigidos a partir da
formação de equipes multidisciplinares, aquisição de novos equipamentos e
também contratação de empresa para garantir a manutenção periódica dos
equipamentos. “O Hospital da Polícia Militar possui 70 leitos, mas
continua sem a estrutura adequada para funcionar como nosocômio de média
complexidade diante da ausência de equipamentos e de equipe médica
compatível com a capacidade instalada”, considera a promotora na ação.
O coronel Lincoln Marcelo Veras, diretor do hospital, reconhece os
problemas, mas informou que ainda não recebeu notificação sobre a ação
judicial movida pelo MPE. Ele informa que não tem competência
administrativa para solucionar os problemas. “É uma decisão de governo e
o governo já tem conhecimento dos problemas do hospital, que precisa de
reestruturação tanto no aspecto financeiro quanto de pessoal”, disse o
coronel.
Segundo o diretor, nos últimos meses 120 funcionários foram afastados,
seja por aposentadoria, morte ou transferência e nenhuma vaga foi
preenchida. É necessário, portanto, na ótica do coronel, a realização de
concurso para contratação de pessoal.
Por Cássia Santana
Fonte: Portal Infonet
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