segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Coronel do CMA fala dos desafios para defender áreas fronteiriças durante o I Fórum de Segurança do Amazonas

Em sua palestra sobre a Amazônia no 1º Fórum Legislativo de Segurança Pública do Norte, no Plenário Ruy Araújo da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), nesta sexta-feira (31), o representante do Comando Militar da Amazônia (CMA), coronel Júlio Cesar Natividade, disse que a fisiografia (ambiente de selva e os inúmeros rios), além da logística, são os grandes desafios para defender as áreas de fronteira da Região Norte.

Segundo o coronel, é difícil o transporte e o armazenamento nessas áreas e somente as Forças Armadas possuem condições para isso. A reduzida presença do poder público nas faixas de fronteira é outro gargalo na opinião do coronel. “A partir do momento que tiver comunidades melhor estruturadas com o apoio governamental, é possível reduzir crimes e tráfico de toda a ordem”, afirmou o palestrante, ressaltando que “a presença do Estado e o apoio das populações nas áreas fronteiriças mostra que algo está sendo feito e que o Exército e todas as instituições federais são capazes de operar naquela faixa conjuntamente”.

Segundo o coronel Julio Cesar, o CMA está usando várias estratégias para evitar os crimes internacionais, ambientais e o tráfico de drogas e de armas no Brasil, como a presença de diversos pilotões do Exército ao longo das regiões fronteiriças, que são os olhos e os ouvidos do Exército e da Nação.

“O Governo Federal tem dado muito apoio neste sentido por meio dos Ministérios da Defesa, da Justiça e das Relações Exteriores num cem número de agentes de órgãos governamentais somando esforços para realizar operações de presença nas faixas de fronteira”, informou o coronel.

Regiões críticas

Na opinião do coronel do CNA, as regiões mais críticas em áreas de fronteira são Ilha Bela e o norte de Roraima, porque nestes locais existe um caráter social grande. “A presença de três países com legislação diferente com focos diferente, já é uma brecha para se transformar numa região problemática”, disse.

Ele enfatizou que o Norte de Roraima possui diversas reservas minerais e várias etnias, enquanto na região de Surucucu só se chega por avião, onde o tráfico de minerais e de drogas é muito latente.

Júlio Cesar disse que está sendo implantado um Sistema Integrado de Fronteira, principalmente em Rondônia e no Acre, por meio da 17ª Companhia de Selva, projeto piloto. Já existe dotação financeira para que nos próximos dez anos o governo federal venha investir mais de R$ 10 milhões.

“Trata-se de um grupo de sensores usado ao longo da fronteiras brasileira, do Oiapoque ao Chuí, que visa manter uma permanente vigilância sobre a região fronteiriça.

Fonte: Blog do Cabo Maciel

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