Diante destes fatos, a exemplo do que já havia feito anteriormente, a Aspra Sergipe oficiou a Secretaria de Segurança Pública e solicitou ao Secretário Mendonça Prado o empenho da SSP para a elucidação e prisão de todos autores dos três homicídios dos quais foram vítimas estes policiais, tendo em vista que ainda há indivíduos envolvidos nestes crimes que continuam à solta, pondo em risco a sociedade e deixando intranquilos os familiares das vítimas. No caso do cabo Arnaldo, por exemplo, morto no último dia 6 de junho, nenhum dos elementos foi capturado até o momento, segundo informou a viúva do militar, que deixou órfãs três filhas menores.
Para a Aspra/SE é necessário que o Estado dê uma resposta a estes crimes, pois as vítimas eram servidores do Estado que dedicavam suas vidas para proteger seus concidadãos. "Cada vez que um policial militar é vítima de um crime bárbaro como aconteceu nos três casos, não se atinge apenas aquele policial, se atinge todos os seus companheiros e toda a instituição. É preciso portanto que o Estado dê uma resposta a altura e não permita que estes crimes fiquem impunes. Do contrário a mensagem que transmitiremos aos marginais será de que matar policial é muito fácil e não dá em nada, e à sociedade transmitiremos uma extrema sensação de insegurança, posto que se nem os policiais estão seguros, imagine o cidadão dito comum", desabafou o sargento Anderson Araújo, vice-presidente da Aspra/SE.
Audiência
A Aspra também aproveitou para solicitar ao Secretário Mendonça Prado que receba em audiência representantes da associação para discutir assuntos de interesse da classe militar. De acordo com o presidente, sargento Antônio Carlos, desde o mês de março que havia sido marcada uma audiência, a qual foi adiada, reagendada e novamente adiada. "Desde então estamos aguardando um novo reagendamento, fizemos alguns contatos mas não obtivemos retorno. Nesse intervalo porém outros segmentos e entidades foram recebidos, pelo que esperamos receber da SSP a mesma atenção, haja vista que os assuntos que desejamos tratar são de interesse coletivo de uma classe extremamente importante para a segurança pública", afirmou o sargento.
CIAPS
A Aspra também pretende tratar com o secretário Mendonça Prado acerca do funcionamento do CIAPS (Centro Integrado de Atenção e Apoio Psicossocial). Na última semana um policial militar cometeu suicídio na capital, fato que trouxe à tona mais uma vez a importância do apoio psicossocial aos profissionais de segurança pública. Infelizmente a Polícia Militar já não conta mais com o antigo NAPS (Núcleo de Apoio Psicossocial) e toda demanda é canalizada para o CIAPS. Para tanto é necessário que este Centro conte com a estrutura necessária para atender aos profissionais com problemas psicológicos, psíquicos, de alcoolismo, entre outros transtornos.
Informações preliminares dão conta de que o CIAPS necessita de mais pessoal para garantir a efetividade do trabalho realizado. "Queremos buscar mais informações acerca do trabalho do CIAPS, de suas necessidades e trabalhar no sentido de que seja dada a atenção necessária a este trabalho tão importante e essencial para a saúde dos agentes de segurança pública, profissionais que todos os dias estão submetidos a altos níveis de estresse e que necessitam de especial atenção para evitar situações trágicas como a ocorrida semana passada com a morte do soldado Luciano Vieira", finalizou o sargento Carlos.
ASCOM ASPRA
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